O Empirismo é uma doutrina filosófica que afirma que o conhecimento deve ser concebido através de experiências e não por deduções. Todas as experiências científicas devem se basear em observar o mundo ao redor, descartando as explicações ligadas a fé. Por causa dessa doutrina, Locke defendia a separação da Igreja do Estado e na liberdade religiosa, assim tendo oposição da Igreja e seus seguidores.
Locke dizia que cada pessoa, ao nascer, tinha na mente um tipo de folha em branco. As experiências das pessoas ao longo da vida era o que definiria suas personalidades e seus conhecimentos de mundo. Dizia também que os seres humanos nascem bons, iguais e independentes e que a sociedade seria a formadora dos indivíduos.
Ele acreditava na supremacia do Estado, porém defendia que este deveria respeitar as leis naturais e civis e criticou a teoria do direito divino dos reis, de Thomas Hobbes. Criticava o Absolutismo e afirmava que a soberania estava com o povo. Defendia a Monarquia Constitucional e Representativa, que foi estabelecida após a Revolução Gloriosa, em 1688.
Mesmo defendendo o direito de igualdade de todos, defendia também a escravidão. Para ele, a escravidão não estava ligada a raças e sim a inimigos capturados em guerras. Estes quando capturados, poderiam até serem mortos, mas havia a troca da liberdade por escravidão, por causa de suas vidas mantidas.
Defendia a divisão do Estado em Executivo, Judiciário e Legislativo, e afirmava que este era o mais importante, pois defendia o direito do povo.
Em 1683 refugiou-se na Holanda, por ter se envolvido em movimentos contra o Rei Carlos III, e só voltou para Inglaterra quando o protestantismo foi instituído. Quando William III de Orange foi nominado como rei, Locke foi designado para ser Ministro do Comércio.
Estudou sobre as teorias de Francis Bacon e René Descartes e influenciou filósofos da época. Nunca se casou nem teve filhos e morreu em 28 de outubro de 1704, na Inglaterra, vítima de doença.
– Cartas sobre a tolerância (1689)
– Dois Tratados sobre o governo (1689)
– Ensaio a cerca do entendimento humano (1690)
– Pensamentos sobre a educação (1693)
– “Não se revolta um povo inteiro a não ser que a opressão seja geral.”
– “A leitura fornece conhecimento à mente. O pensamento incorpora o que lemos.”
– “As ações dos seres humanos são as melhores intérpretes de seus pensamentos.”