Aos 28 anos, o filósofo publicou seu primeiro livro, chamado “Doença Mental e Psicologia”, mas sua tese de doutorado na Sorbonne, “História da Loucura na Idade Média”, foi o livro que o consolidou na área de filosofia. Publicado em 1961, o livro abordou as razões que levaram à marginalização, nos séculos XVII e XVIII, aqueles que eram considerados desprovidos de capacidade racional, ou seja, analisou o desprezo que recebiam das pessoas, aqueles que tinham problemas mentais. Em 1965, o filósofo esteve no Brasil para realizar uma conferência a convite de um aluno, Gerard Lebrun.
No início, sua linha era estruturalista, mas em algumas de suas obras como “Vigiar e Punir” e “A História da Sexualidade”, Foucault foi concebido como pós-estruturalista. Sua obra “Vigiar e Punir” é um estudo sobre a disciplina na sociedade moderna que, para ele, é “uma técnica de produção de corpos dóceis”.
O filósofo acreditava que a prisão era uma forma de controle e dominação da burguesia, que era usada para fragilizar os meios de cooperação e solidariedade do proletariado. Criticava, ainda, a psiquiatria e a psicanálise que, para ele, eram instrumentos de controle e dominação de ideologias.
Entre suas obras estão ainda “Nascimento da Clínica”, de 1963, “As Palavras e as Coisas” de 1966, “Arqueologia do Saber” de 1969, “O Uso dos Prazeres” e “O Cuidado de Si” de 1984, e seu livro “História da Sexualidade” que deixou inacabado. A obra, inacabada, era um ambicioso projeto em que pretendia mostrar a forma como a sociedade ocidental torna o sexo uma ferramenta de poder.