Biografias

Biografia de Michel Foucault

Nascido em Poitiers, no ano de 1926, Foucault veio de uma família de médicos, frustrando seu pai ao escolher outra área de atuação. Já na escola, o filósofo recebeu influências suficientes para caminhar pela filosofia, onde seu primeiro mentor foi o Padre De Montsabert, de quem pegou o gosto pela história.

Autodidata, Foucault viveu durante o contexto da Segunda Guerra Mundial, o que o fez se interessar ainda mais pelas Ciências Humanas. Ao fim da guerra, o filósofo mudou-se para Paris, onde estudou filosofia e psicologia. Sempre curioso e inquieto a respeito da existência, Michel Foucault tentou suicídio muitas vezes.

No ano de 1951, Foucault começa a dar aulas de psicologia e, no mesmo ano, tem uma experiência no Hospital Psiquiátrico de Saint-Anne que influencia seu trabalho sobre a loucura. Em 1984, em Paris, Foucault falece vítima da AIDS e suas consequências, deixando inacabada sua obra “História da Sexualidade”.

Biografia de Michel Foucault

Foto: Reprodução

Vida profissional

Aos 28 anos, o filósofo publicou seu primeiro livro, chamado “Doença Mental e Psicologia”, mas sua tese de doutorado na Sorbonne, “História da Loucura na Idade Média”, foi o livro que o consolidou na área de filosofia. Publicado em 1961, o livro abordou as razões que levaram à marginalização, nos séculos XVII e XVIII, aqueles que eram considerados desprovidos de capacidade racional, ou seja, analisou o desprezo que recebiam das pessoas, aqueles que tinham problemas mentais. Em 1965, o filósofo esteve no Brasil para realizar uma conferência a convite de um aluno, Gerard Lebrun.

No início, sua linha era estruturalista, mas em algumas de suas obras como “Vigiar e Punir” e “A História da Sexualidade”, Foucault foi concebido como pós-estruturalista. Sua obra “Vigiar e Punir” é um estudo sobre a disciplina na sociedade moderna que, para ele, é “uma técnica de produção de corpos dóceis”.

O filósofo acreditava que a prisão era uma forma de controle e dominação da burguesia, que era usada para fragilizar os meios de cooperação e solidariedade do proletariado. Criticava, ainda, a psiquiatria e a psicanálise que, para ele, eram instrumentos de controle e dominação de ideologias.

Obras

Entre suas obras estão ainda “Nascimento da Clínica”, de 1963, “As Palavras e as Coisas” de 1966, “Arqueologia do Saber” de 1969, “O Uso dos Prazeres” e “O Cuidado de Si” de 1984, e seu livro “História da Sexualidade” que deixou inacabado. A obra, inacabada, era um ambicioso projeto em que pretendia mostrar a forma como a sociedade ocidental torna o sexo uma ferramenta de poder.