A biografia de Stephen Hawking retrata que ele escreveu mais de uma dezena de livros, inspirou um filme e fez grandes descobertas no campo científico. Somente essas três ações já seriam mais do que suficientes para o colocá-lo em um patamar que a imensa maioria das pessoas jamais alcançará.
Mas ele foi além. Portador da Esclerose Lateral Amiotrófica, ELA, Hawking conseguiu conviver com a doença durante décadas, sendo extremamente produtivo. Conheça agora a biografia de Stephen Hawking.
O físico, pesquisador e cientista nasceu em Oxford, na Inglaterra, no dia 9 de janeiro de 1942 e morreu em 14 de março de 2018. Caçula de uma família de estudiosos, seu pai era médico e sua mãe especialista em economia, filosofia e política.
A dupla o incentivou bastante na sua jornada educativa. Saiba outros detalhes da vida desse notável britânico.
Índice
Biografia: A Infância e adolescência de Stephen Hawking
Desde muito jovem, Stephen William Hawking se destacava com sua precocidade. Aos seis anos, ele já construía os seus próprios trens e era apelidado na escola como o pequeno Einstein.
Por falar nisso, as semelhanças entre esses gênios não param por aí. A data da morte de Hawking é a mesma do físico alemão. Ainda criança, dedicava seu tempo à física e astronomia, pois achava matemática muito fácil.
A inteligência do jovem logo ganhou destaque entre os acadêmicos e, por isso, ele ganhou uma bolsa para estudar física na na Universidade de Oxford, mesma instituição onde formaram-se seus pais. Com apenas 17 anos, Hawking se sobressaia entre os estudantes mais velhos que ele. Ele se formou em 1962.
Descoberta da doença
Quando já cursava o mestrado, dessa vez na Universidade de Cambridge, Stephen sofreu uma queda quando andava de patins. E o que parecia apenas um desequilíbrio sobre rodas, transformou-se em um diagnóstico fatídico: Esclerose Lateral Amiotrófica, a ELA. A revelação veio acompanhada de um ultimato: ele não viveria mais do que três anos a contar de 1963.
A doença incurável faz com que os músculos parem de funcionar, atingindo primeiro os membros e depois outros órgãos importantes do corpo. Passado o susto inicial, Stephen Hawking chegou a afirmar: “quando temos de enfrentar a possibilidade de uma morte prematura, nos damos conta de quanto viver vale a pena”.
Casamento e família de Stephen Hawking
O que o médico não esperava é que seu diagnóstico terminal não se aplicaria a um homem como Stephen Hawking. Dois anos após a descoberta da doença, o estudioso casava-se com Jane Wilde. O romance de ambos é um dos pilares do roteiro do filme ‘A Teoria de Tudo’, dirigido por James Marsh e escrito por Anthony McCarten.
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A doença degenerativa extremamente agressiva não impediu que Stephen formasse uma família nos anos seguintes. Ele teve três filhos com Wilde: Lucy, Robert e Tim.
Depois de 30 anos de casamento, Stephen e Wilde se separaram. O cientista então casou-se novamente com a enfermeira Elaine Mason. Infelizmente, a união durou um pouco mais de 10 anos e acabou sob acusações de maus tratos de Mason para com o cientista.
Progressão da Esclerose Lateral Amiotrófica
Em 1970, sete anos depois do diagnóstico da Esclerose Lateral Amiotrófica, a ELA, Stephen Hawking passou a usar a cadeira de rodas, embora continuasse imensamente produtivo no campo acadêmico. Morando nos Estados Unidos e trabalhando no Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Em meados de 1985, com o agravamento do seu quadro, ele teve que ficar internado na Suíça. A ocasião repercutiu, pois os médicos sugeriram que a família autorizasse o desligamento do respirador artificial que o mantinha vivo.
Sua esposa Wilde se recusou e confiou os cuidados do seu marido a médicos ingleses que tiveram que realizar uma traqueostomia. O procedimento tirou a voz do cientista, mas não a força de vontade.
Nos anos seguintes, a progressão se acelerou e chegou ao ponto do cientista só mover um dedo e mais para frente somente os olhos.
Voz robótica
Uma das marcas de Stephen Hawking em vida foi a sua voz robótica produzida por um computador. O britânico passou a falar por meio de um sintetizador eletrônico logo depois que perdeu a capacidade de falar. Porém, a sua comunicação só se expandiu: foi justamente nessa época que o cientista escreveu o seu primeiro livro: Uma Breve História do Tempo, em 1988.
A obra fala sobre a origem do universo, as partículas e o movimento das galáxias. O sucesso editorial fez com que o livro fosse traduzido para mais de 30 idiomas e popularizou ainda mais a pessoa carismática que era Hawking.
Com o passar dos anos, para falar por meio da máquina, o físico escrevia as palavras somente com o movimentos dos olhos.
Obras literárias e científicas de Stephen Hawking
Ao todo, Stephen escreveu 14 livros, entre eles “Buracos Negros, Universos Bebês e outros ensaios” (1993), “O Universo Numa Casca de Noz” (2001), “A Teoria de Tudo: A Origem” (2002), “O Grande Projeto” (2010), e o livro de memórias, “Minha Breve História” (2013).
O britânico deu grandes contribuições para a física moderna. A mais famosa é o Teorema da Singularidade que trata sobre buracos negros, cuja força gravitacional seria capaz de atrair qualquer coisa. Além disso, o cientista criou a tese de que apesar de negros, o buracos depois que explodem podem gerar partículas e radiação.
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Durante sua vida profissional ocupou importantes cargos, como de professor lucasiano emérito da Universidade de Cambridge e diretor do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica da mesma instituição. Cargos só ocupados por Isaac Newton, Charles Babbage e Paul Dirac.
Premiações de Stephen
Stephen Hawking foi reconhecido pela suas contribuições à física quântica e à origem do universo. Ele recebeu diversos prêmios ao longo da sua carreira, sendo os mais importantes quando já estava em estado avançado da doença.
Ele é considerado o maior cientista físico depois de Einsten. O filme que narra a história da sua vida, “A Teoria de tudo”, ganhou um Oscar em 2014. Ao 76 anos, Stephen Hawking morreu em Cambridge, por agravos da doença que o cometia.