Biografias

Biografia de Van Gogh

Considerado um dos maiores pintores pós impressionistas de todos os tempos, Vincent Willem Van Gogh, em vida, vendeu apenas um quadro intitulado “O Vinhedo Vermelho”, tendo sido reconhecido apenas após à sua morte.

Vincent van Gogh

Foto: Reprodução

Filho de um pastor da Igreja Reformada – calvinista –, estudou teologia em Amsterdã. Durante seis meses de sua vida, atuou evangelizando mineiros pobres na Bélgica, mas retornou à Haia em 1880, cidade onde trabalhou com seu tio, para dedicar mais tempo à pintura. Nesta época, retratava em suas pinturas a vida cotidiana dos camponeses e os trabalhadores da zona rural da Holanda.

Em 1886 foi morar em Paris com seu irmão, onde conheceu importantes pintores da época como Emile Bernard, Toulouse-Lautrec, Paul Gauguin e Edgar Degas, representantes do Impressionismo, de quem recebeu muitas influências.

Sua família e relacionamentos

Ao todo, Van Gogh teve seis irmãos, mas não conheceu seu irmão mais velho, de mesmo nome, pois ele faleceu quando ainda era criança, um ano antes do nascimento dele. Além deste irmão, teve Theodorus, Cornelius, Elisabeth, Anna e Willemina.

Tinha bom relacionamento com seu irmão Theo, com quem trocou mais de 750 cartas, por meio das quais boa parte de sua história foi restaurada por estudiosos, e foi ele quem o manteve financeiramente.

Em relacionamentos amorosos, o pintor não parece ter tido muito sucesso, uma vez que, de acordo com historiadores, quando pediu uma prima em casamento, recebeu um “nunca” como resposta, tendo inclusive atritos com seu tio, pai da moça. Em seguida, mudou-se para outra cidade, onde interessou-se pela filha de uma vizinha. A moça, quando soube que a família não permitiria o casamento, tentou suicídio.

Alguns relatos afirmam ainda que, poucos anos depois, uma mulher prostituta, amante de Van Gogh, envolveu-se com Paul Gauguin, seu parceiro de trabalho em Arles, no sul da França. A moça, em discussão com Van Gogh, chegou a ataca-lo com uma navalha.

O rompimento profissional de Van Gogh e Gauguin

Após este rompimento, Van Gogh foi diagnosticado com depressão. Durante uma de suas crises de depressão, agravadas pelo consumo de absinto, cortou o lóbulo de sua orelha esquerda, chegando a retratar-se em pinturas após a mutilação. Seu estado psicológico era refletido em suas obras, onde passou a pintar com rápidas e pequenas pinceladas.

Mesmo internado em hospital e posteriormente em asilo, ele não deixou de pintar. Nesta fase, deixou as pinceladas de lado, e curvas em espiral começaram a aparecer em suas telas. Em sua fase mais produtiva, chegou a pintar um quadro por dia e, com o agravamento de sua depressão e problemas mentais, passou a ser tratado pelo Dr. Paul Gachet, especialista que tratava alguns artistas da época. A partir desta aproximação, surgiu uma de suas obras mais conhecidas, “O Retrato de Dr. Gachet”.

Sua aparente melhora e um novo declínio

Aparentemente recuperado, em maio de 1890, Van Gogh passou a morar em Paris. Com uma piora de sua saúde, tenta suicídio no dia 27 de julho do mesmo ano, atirando contra o próprio peito. Após isso, passou suas últimas 48 horas conversando com seu irmão em seu quarto. Há quem diga que os médicos não conseguiram retirar a bala, mas indícios mostram que ele se recusou a receber tratamento. Na manhã do dia 29, morreu aos 37 anos e, por ter cometido suicídio, perdeu o direito de ser velado e enterrado nas dependências da igreja local. Em seu enterro, seu caixão foi coberto por flores que ele, em vida, adorava, retratadas em um famoso quadro: “Os Girassóis”.

Relação de Obras

O Vinhedo Vermelho

Foto: Reprodução