O início da carreira de Zavascki se deu logo após a conclusão do curso de direito em 1971, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Logo em 1976 tornou-se advogado do Banco Central e apesar de passar em concursos públicos e ser nomeado como juiz federal três anos depois, preferiu continuar como representante jurídico da agência bancária.
Ficou no Banco Central até 1989, quando foi indicado para o cargo de desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Permaneceu nesta ocupação até 2003, passando a ser ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Três anos antes, o juiz tinha feito o mestrado e, em 2005, doutorado, ambos em Direito Processual Civil ainda pela UFRGS.
Apesar do currículo repleto de cargos importantes, a função que marcou a vida profissional de Zavascki foi, sem dúvidas, o cargo como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012. Indicado pela ex-presidente, Dilma Rousseff, o magistrado ganhou destaque na mídia nacional devido aos processos que ele estava à frente, a exemplo deles o mais conhecido, a Operação Lava Jato.
Além de comandar as investigações de primeira instância, isto é, os políticos que possuem foro privilegiado da megainvestigação da Lava Jato, Zavaskci determinou o afastamento do deputado federal cassado, Eduardo Cunha. E também negou o pedido do governo para anular o processo de impeachment de Dilma Rousseff.
A vida do ministro Zavascki foi interrompida em 19 de janeiro de 2017, quando um avião que ele estava à bordo caiu no litoral do Rio de Janeiro, na cidade de Paraty. Além do juiz, estavam na aeronave mais quatro pessoas, eram elas: Carlos Alberto Fernandes Filgueiras, empresário; Osmar Rodrigues, piloto do avião; Maira Lidiane Panas Helatczuk, massoterapeuta de Filgueiras; e Maria Ilda Panas, mãe de Maira. Todos morreram.
De acordo com os familiares do magistrado, ele estava passando um período de férias com os amigos e teria adiantado a volta para casa pois tinha como pretensão continuar com as investigações da Lava Jato.