Química

Bomba de hidrogênio

A bomba de hidrogênio, também conhecida como bomba de fusão, ou ainda bomba H, é uma bomba com força de até 50 vezes mais que uma bomba atômica, como as famosas lançadas sobre o Japão. A reação é a mesma que acontece de forma espontânea no interior das estrelas, e foi produzida nessa bomba, que é a mais potente desenvolvida pelo homem.

Como funciona

A fusão nuclear, característica dessa bomba, tem átomos de hidrogênio, chamados deutério e trítio, que se unem para liberar energia, ao contrário do que acontece na fissão, quando os átomos de urânio se quebram liberando grandes quantidades de energia. A fissão, no entanto, libera apenas 10% da energia contida no núcleo dos átomos, enquanto a fusão pode liberar aproximadamente 40% da energia.

São necessárias para isso, no entanto, temperaturas muito altas que deem início à fusão. A fissão, portanto, é usada como uma forma de gatilho que gera grandes quantidades de energia desencadeando, consequentemente, a fusão.

Pode-se representar a fusão nuclear da bomba de hidrogênio assim:

2,1 H + 3,1 H = 4,2 He + 1,0 n

Bomba de hidrogênio

Foto: Reprodução/ internet/ arquivo

De onde surgiu

No ano de 1939, Hans Albrecht Bethe descreveu a fusão nuclear e como ela poderia produzir energia, que faz com que as estrelas brilhem em seu artigo chamado “A Produção de Energia nas Estrelas”. Ele ganhou, com essa produção, o prêmio Nobel de 1967.

Outros cientistas que estudaram e identificaram várias das reações de fusão nuclear que mantêm o brilho das estrelas foram o físico alemão Carl Friedrich von Weizäcker e Charles Critchfield, na mesma época.

Após a descoberta da fissão nuclear em dezembro de 1938, o conceito foi se desenvolvendo e sendo aplicado à produção das bombas, até chegar nas formas como conhecemos atualmente.

A bomba foi a ideia inicial do físico que ficou conhecido como Dr. Morte, Edward Teller que deixou, nesse mesmo período, de trabalhar no projeto Manhattan, famoso por ser o responsável pelas bombas de Hiroshima e Nagazaki. Isso porque buscava investir na bomba de hidrogênio, que sabia que seria bem mais destruidora.

A primeira e única detonação de uma bomba de Hidrogênio na história aconteceu no dia 1° de novembro do ano de 1952 no atol de Eniwetok, nas Ilhas Marshall. Com essa explosão, observou-se um poder de detonação de aproximadamente 10 milhões de toneladas de trinitrotolueno (TNT), o que representa cerca de 700 vezes o poder da bomba de Hiroshima.

Depois disso, a expectativa de conseguir uma fusão a temperaturas baixas, facilitando o processo, agitou cientistas de todo o planeta, mas as experiências realizadas por Martin Fleischmann e Stanley Pons não tiveram, até hoje, resultados satisfatórios, mesmo sendo reproduzida por diversos cientistas.