Os escravos eram proibidos de manifestar sua cultura e eram obrigados a falar a língua portuguesa e seguir a religião católica imposta pelos seus senhores. Porém, muitas vezes, realizavam escondidos seus rituais e praticavam suas danças, foi aí que desenvolveram uma importante luta: a capoeira.
A partir do século XVIII, o chamado século do ouro, os escravos conseguiram uma possibilidade de ter sua liberdade, isso era feito muitas vezes através da compra da chamada Carta de Alforria. Para isso, normalmente deveriam juntar muitos trocados durante sua vida até conseguir pagar a carta e tornarem-se livres.
A carta de alforria consistia num documento que o proprietário de terra concedia ao seu escravo depois de receber certa quantia por ele. Era uma espécie de atestado de liberdade do escravo, onde o patrão abria mão da posse do escravo. Existiam as cartas gratuitas, mas estas abdicavam a posse do escravo em troca de ele ser agora um trabalhador do seu senhor, dessa vez assalariado e com horários pré-definidos.
Foi só em 1888 que a abolição da escravatura se concretizou, com a promulgação da Lei Áurea. O projeto da lei foi apresentado primeiramente para a Câmara e logo depois chegou ao Senado, para sanção da princesa regente. A Princesa Isabel que era a regente no Brasil na época foi a responsável por assinar a lei, isso, tempo depois da aprovação de algumas leis também de caráter abolicionista e de muitas campanhas realizadas por liberais.
Porém, quando os escravos finalmente conseguiram se libertar de vez do vínculo com seu patrão, muitas vezes não tinham pra onde ir, nem onde arrumar emprego, pois o preconceito por parte dos brancos permanecia sendo algo intensamente praticado na sociedade.