O ceticismo é uma atitude completamente pessimista, ela se agarra a probabilidade de que não se pode alcançar nenhum conhecimento verdadeiro, negando a capacidade do sujeito de conhecer algo verdadeiramente, o que faz com que a situação acabe por se tornar algo complicada, difícil de lhe dar, e porquê não dizer, insustentável e contraditória. Pois ao mesmo tempo que o sujeito afirma que é impossível adquirir um conhecimento verdadeiro, ele está supondo que isto seja uma verdade, o que significa que no fundo, quando ele diz que não existe verdade nenhuma ele também alega uma verdade, a de que não existe essa verdade. É algo que pode se parecer difícil de entender, mas que no fundo tem uma ligação com o fato de não crer em nada.
Criado na Grécia Antiga por Pirro de Éliz, um filósofo grego, é desde esses tempos que o ceticismo defende essa ideia da impossibilidade de conhecer a verdade, rejeitando piamente qualquer tipo de dogma, já que o dogma em si é a afirmação considerada verdadeira sem que seja necessário nenhuma comprovação.
Os céticos acreditam que todo conhecimento depende da realidade do ser que está envolvido nela, e também das condições que estas coisas estão acontecendo, assim, através da análise desse conjunto de fatos, podemos então confirmar que todo conhecimento é relativo. Os céticos são neutros em todas as questões e julgamentos, defendendo a indiferença, afirmando que não existe lado bom nem mau.
Já o dogma filosófico nos traz a possibilidade de se entender os fatos e conhecer a verdade, a se submeter a esses dados e a acreditar nessas informações sem nenhuma preocupação, sem questionar. Simplesmente crer. Nele não existe motivo para discussão, porque as pessoas estão decididas em aprender a verdade absoluta, já que suas crenças são inquestionáveis, e nada nem ninguém vai fazer com que elas deixem de acreditar naquilo que lhes foi ensinado.