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Ciência sem Fronteiras: bolsista ganha prêmio com projeto sobre cólera no Haiti

Publicado em 25 de agosto de 2015

 

A estudante brasileira Elisa Miotto participou, em uma universidade chinesa, de projeto de criação de instalações móveis para solucionar problemas relativos ao combate à infecção de cólera no Haiti. O trabalho obteve o segundo lugar em concurso internacional. Elisa é bolsista de graduação-sanduíche do Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) na China.

Voltado para estudantes de arquitetura, o concurso Design de Isolamento Móvel, Diagnóstico e/ou Unidade de Tratamento para uso em Ebola ou Outra Doença Infecciosa é organizado pela International Union of Architects–Public Health Group (UIA–PGH). Seu propósito é desenvolver unidades móveis de saúde para o diagnóstico, isolamento e tratamento de pessoas com doenças infectocontagiosas.

Elisa fez parte do projeto Treat People Treat Water, a Long Term Solution for Cholera in Haiti [tratar as pessoas, tratar a água, uma solução em longo prazo para a cólera no Haiti]. “O projeto visa a cuidar das pessoas infectadas e também tratar a água, uma vez que esta é a principal causa do problema, pois apenas 30% da população tem acesso à água potável e 27% a serviços de saneamento no país”, afirmou. Além de Elisa, estudante da Universidade do Estado de Santa Catarina (Uesc), o projeto, desenvolvido na universidade Tsinghua, em Pequim, contou com o também bolsista do CsF Leonardo Barros Venâncio e com a estudante norte-americana Joanna Yuet-ting Grocott.

Ciência sem Fronteiras: bolsista ganha prêmio com projeto sobre cólera no Haiti

Foto: Arquivo pessoal

Segundo Elisa, o projeto busca associar o design a essas duas necessidades e a criar uma solução de longo prazo para o problema, com a criação de um sistema de tratamento químico e solar, de baixo custo, capaz de gerar cerca de 135 litros de água potável por dia em cada unidade. O projeto prevê ainda o tratamento do esgoto sanitário.

Intercâmbio

A experiência de viver quase dois anos na China contribuiu para a transformação da vida profissional e acadêmica da estudante. “Pude expandir minha visão e conhecimento em diferentes áreas”, disse. “Além do contato com uma cultura oriental, muito diferente da nossa, o intercâmbio ofereceu a oportunidade de aprender o idioma, vivenciar a rotina acadêmica e profissional dos chineses e aprender diferentes métodos de estudo e desenvolvimento de projetos.”

Tais experiências, de acordo com Elisa, estarão presentes em seus futuros trabalhos e em sua carreira profissional. “O Programa Ciência sem Fronteiras está abrindo inúmeras portas para estudantes brasileiros”, destaca.

Lançado em 2011, o Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O programa busca também atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa [1], bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.