Ao tratar a imagem, o bolsista chegou à conclusão de que o ponto era algo extra, que não deveria estar ali. “Para provar essa hipótese, peguei uma imagem mais antiga, de 2013, e verifiquei que o objeto realmente não estava lá”, destaca. “Já tendo trabalhado com supernovas, percebi tratar-se de uma. Ou seja, eu estava olhando em primeira mão para uma estrela em explosão.”
Luís Felipe espera que a descoberta funcione como um incentivo ao desenvolvimento da área no Brasil. “Acredito que o fato de ter mais brasileiros em pesquisas de grupos internacionais traga reconhecimento à ciência brasileira em geral”, afirma. “Essa e outras descobertas, espero, devem incentivar ainda mais pessoas que gostam da área a procurá-la e, com isso, aumentar a produção científica no Brasil.”
Sobre as perspectivas com o Ciência sem Fronteiras, o bolsista afirma que a experiência no exterior traz crescimento pessoal, que acontece naturalmente. “Conheci pessoas do mundo todo, tive contato com culturas diferentes”, diz. “Isso serviu para expandir a perspectiva de vida, é uma coisa que avalio como mudança muito positiva em minha vida.”
A graduação-sanduíche também possibilitou o aprimoramento de conhecimentos e habilidades. “Uma primeira e mais básica mudança em minha carreira possibilitada pelo Ciência sem Fronteiras foi a proficiência em inglês”, salienta. “Agora, posso dizer com certeza que sou fluente, algo importante em todas as áreas hoje em dia.”
O intercâmbio também permitiu a Luís Felipe o contato com uma rede de cientistas. “Conhecer diferentes profissionais na mesma área do conhecimento, ver as maneiras que eles têm de entender e pensar a ciência é de vital importância”, afirma. “Isso ficou visível nessa experiência no exterior. Agora, sei que posso ter informações de pesquisadores que antigamente não teria e talvez realizar colaborações futuras.”
Lançado em 2011, o Ciência sem Fronteiras promove a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. O programa busca também atrair pesquisadores do exterior que queiram se fixar no Brasil ou estabelecer parcerias com pesquisadores brasileiros nas áreas prioritárias definidas no programa [1], bem como criar oportunidade para que pesquisadores de empresas recebam treinamento especializado no exterior.
*Do Portal do MEC