Nenhuma pesquisa se comprova da noite para o dia, com a descoberta do diabetes e com os modos para controlar a doença não foi diferente.
Foram necessários muitos anos para encontrar respostas sobre esse mal. No final do século XIX, os médicos alemães Joseph von Mering e Oskar Minkowski foram os primeiros a conseguirem algumas elucidações.
De acordo com eles, ao extrair o pâncreas de um animal (no caso deles foi um cachorro) ele padeceria com a diabetes, o que ligava o problema com esse órgão do corpo.
Já no século XX, o patologista americano Eugene Opie descobriu as ilhotas de Langerhans, formadas por mudanças degenerativas de células pancreáticas e a relação do mau funcionamento dessas células com a diabetes.
Já Edward Allbert Sharpey-Schafer fez a maior descoberta até então, pois ele percebeu que a função do pâncreas é transformar em energia o açúcar ingerido através dos alimentos, isto é, ele o converte em insulina que é levada por todo o sangue.
A partir de então ficou fácil detectar que quando há um mau funcionamento do pâncreas, a quantidade de açúcar aumenta consideravelmente no sangue, pois ele não é transformado em insulina.
Assim ocorre no corpo a chamada hiperglicemia, acarretando sérios transtornos que atacam a saúde do paciente.
Mas, o que realmente comprovou a teoria de que a causa da diabetes era a falta de insulina que metaboliza o açúcar, foram os experimentos feitos pelos cientistas canadenses Charles Best, John J. Rickard Macleod e Frederick Banting.
Os três conseguiram extrair a insulina de animais de laboratórios, esses apresentaram a diabetes e logo após os pesquisadores estabeleceram um programa de injeção dessa substância e a condição natural desses animais foi devolvida.
Os testes foram feitos com pessoas diabéticas e a primeira delas foi o jovem Leonard Thompson. A insulina aplicada no adolescente foi retirada do pâncreas de gado de matadouro, mas os resultados foram satisfatórios, tendo em vista que o paciente apresentou melhora.
Isso fez com que a substância se tornasse um produto facilmente adquirido. Então, a partir de 1923, muitas vidas foram salvas usando essa técnica de controle da doença.
Posteriormente, na década de 80, a engenharia genética obteve a insulina humana, o que se tornou um dos maiores acontecimentos médicos do século XX.
Atualmente, existem as famosas canetas de insulina, que dão a oportunidade dos próprios diabéticos injetar a quantidade necessária no sangue, sem sair de casa.
Isso facilitou a vida dos que sofrem com as restrições e consequências dessa doença.