História,Idade Contemporânea

Congresso de Viena (1814)

No período de 2 de maio de 1814 e 9 de junho de 1815 aconteceu na capital da Áustria uma conferência com os representantes das grandes potências europeias, o que conhecemos como Congresso de Viena. Esta reunião teve como líderes a Áustria, Rússia, Prússia e Inglaterra. Portugal não pôde fazer parte, pois era uma coroa refugiada na colônia, já que havia fugido para o Brasil.

Congresso de Viena (1814)

Imagem: Reprodução

Objetivos do Congresso de Viena

Durante o período Napoleônico, a Europa foi  alterada tanto politica quanto economicamente. O Congresso de Viena tinha como objetivo reorganizar as fronteiras que foram alteradas durante essa época e ainda restaurar a ordem absolutista do antigo regime. Porém, os países vencedores temiam que acontecesse alguma nova revolução, já que era perceptível que havia uma instabilidade no ar, assim eles sentiram a necessidade de selar um tratado onde se estabelecesse a paz e a estabilidade na política Europeia. Além disso, o Congresso refletia o Princípio da Legitimidade, que garantia que alguns tronos das antigas dinastias europeias fossem entregue a seus verdadeiros donos, como os Bourbon em Nápoles, Espanha  e França, os Bragança em Portugal, os Saboia no Piemonte, a dinastia de Orange na Holanda, entre outros. A política de compensações territoriais tratou de fazer uma reorganização geográfica das fronteiras estabelecidas por Napoleão e redefini las para assim fazer as devidas devoluções. A França também ficou incumbida de pagar indenizações para aqueles países que foram prejudicados pelas invasões de Napoleão, e até tudo ser quitado os exércitos se manteriam na França, a fim de intimidá-la para resolver logo essa situação.

Santa Aliança

Como uma forma de se organizar contra futuros movimentos que colocassem em perigo tudo que havia sido decidido com o Congresso de Viena, foi criado um pacto militar que se denominou Santa Aliança. Proposta pelo Czar da Rússia, ela tinha como principal objetivo fazer com que houvesse uma ajuda mútua das monarquias europeias, tudo em nome da paz, da justiça e da religião. Se por acaso algum movimento liberal ou revolução burguesa tentasse se inflamar contra as atitudes tomadas, a Santa Aliança entraria em ação e evitaria que algo maior ocorresse.

Este pacto conseguiu por fim a diversos movimentos liberais, como o movimento de cunho nacionalista, que tentava a todo custo obter a unificação da Alemanha, em 1821.

Porém, com  a saída da Inglaterra, que não aceitava que tropas fossem enviadas para a América Latina com a finalidade de reprimir os muitos levantes que ameaçavam o colonialismo, o pacto começou a ruir. Os Ingleses possuíam seus interesses próprios, lucravam com a expansão comercial e queriam conseguir novos mercados com seus produtos industrializados, ficando assim contra a política da Santa Aliança, desaprovando a presença dos militares nas colônias da América.

Doutrina Monroe

Em 1823, foi proclamado nos Estados Unidos a Doutrina Monroe, que em resumo significava algo que podemos definir em uma simples frase: “A América para os americanos”.  De acordo com este documento, todo e qualquer problema político relativo ao continente americano deve ser resolvido pelo próprio continente, não aceitando intervenções de fora, demonstrando assim, claramente, oposição aos desejos da Santa Aliança, que queriam ter algum tipo de influência sobre o continente.

Com o passar dos anos novas ondas de revoluções foram tomando os cantos da Europa, o que representou graves problemas para o pacto da Santa Aliança. As portas para a independência dos países foram abertas, e eles começaram a lutar por esse direito. Países como Grécia e Turquia resolveram trocar o absolutismo por parlamentos constitucionais, em 1828, sendo seguido pela França, que em 1830 marcou o fim da dinastia Bourbon com a sua Revolução Liberal.