O caso ocorreu em 2009 e envolveu políticos do Distrito Federal e também empresas. Desmontado pela Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal, o esquema funcionava através de propinas de determinadas empresas a alguns políticos, entre eles José Roberto Arruda, que na época da descoberta era governador do DF e filiado ao partido Democratas (DEM).
Arruda foi flagrado recebendo dinheiro de possíveis propinas, depois disso foi preso e teve seu mandado cassado. Em 2014, o político tentou ser candidato ao cargo de governador do Distrito Federal, todavia desistiu após a Lei da Ficha Limpa.
Parte do congresso nacional, prefeituras e uma empresa chamada Planam. Este foi o triângulo corrupto que protagonizou o esquema de corrupção conhecido como Máfia dos Sanguessugas, em 2006. Desmontada pela Polícia Federal, a tática envolvia pelo menos 87 deputados e três senadores, que juntos envolviam 10 partidos.
Segundo informações oficiais da Polícia Federal, o esquema funcionava da seguinte maneira: a Planam pagava propina aos parlamentares e estes faziam emendas para a compra de ambulâncias, vendidas superfaturadas em até 260%. Já nas prefeituras, os envolvidos trabalhavam para que as empresas ligadas a Planam ganhassem as licitações. Contudo, apesar do esquema ter sido descoberto e comprovado, nenhum envolvido perdeu o mandato.
Este esquema de corrupção só veio à tona em 2005, mas, na verdade, foi colocado em prática em 1998. Nele, verbas foram desviadas do governo de Minas Gerais com a finalidade de financiar a reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB). De acordo com o Ministério Público, o principal suspeito era o publicitário Marcos Valério, também acusado do mensalão do PT. Ele, Azeredo e os demais envolvidos negam as acusações, mas respondem por esse processo.
Em 2005 foi descoberto o esquema de corrupção chamado de Mensalão do PT. O nome foi dado devido ao fato de que o então tesoureiro do partido Delúbio Soares estaria dando uma “mesada” aos congressistas que eram seus aliados, o valor por mês era de R$ 30 mil para cada político. Estima-se que o rombo tenha sido de R$ 55 milhões e que 40 parlamentares estariam envolvidos. Porém, deste total apenas três deputados foram cassados.
Um dos maiores escândalos de corrupção do Brasil foi descoberto em 2014 pela Polícia Federal, a então chamada de Operação Lava Jato. Este crime trata-se de um esquema de lavagem de dinheiro – batizado popularmente de “Petrolão”- que inclui pagamento de propinas e superfaturamento de obras. O prejuízo aos cofres públicos chega a R$ 10 bilhões e de acordo com a PF os desvios ficavam a cargo das empreiteiras que fraudavam licitações e desta forma conseguiam fechar contratos com a Petrobras por valores superiores aos efetivamente cobrado.
O doleiro Alberto Youssef é um dos principais investigados, haja vista que era de sua responsabilidade a lavagem do dinheiro. No entanto, quem mais se beneficiava com os desvios eram partidos, como o PP, PT e PMDB. Um inquérito foi reaberto pela Procuradoria Geral da República (PGR), desta vez, entretanto, contra 54 pessoas aparentemente envolvidas, entre elas o presidente da Câmara de Deputados Eduardo Cunha e o do Senado Renan Calheiros, ambos do PMDB.
Nomes como o do ex-presidente Lula (PT) e do senador Aécio Neves (PSDB) também já foram citados na investigação da Lava Jato.