De acordo com um artigo publicado na Revista de Medicina e Cirurgia de São Paulo chamado de “A Higiene Pública na Antiga Roma”, do professor e especialista Rubens Azzi Leal, Roma foi destaque em criar medidas que prezavam pela higiene da cidade.
Segundo o autor, na Lei das XII Tábuas tinha vários pontos que provam esta preocupação, como: o ato de proibir o descarte de lixo nas ruas, impedir que as pessoas fossem enterradas dentro da cidade (para isso existia um cemitério fora do território urbano), as inspeções alimentícias e a fiscalização dos médicos que prestavam serviço aos cidadãos.
Contudo, o grande destaque do povo romano em termos de organização urbana é a criação de um sistema de saneamento básico, o qual recebeu o nome de cloaca. Criada nos finais do século VI a.C., trata-se de uma enorme rede de esgoto que necessitou da aplicação de conhecimentos da área de engenharia para ser desenvolvida.
Muitos dos médicos que atendiam em Roma eram estrangeiros gregos. Porém, Alexandria destacava-se como o centro da medicina romana, nesta época. Para conseguir entender a anatomia, os profissionais estudavam através da dessecagem de cadáveres. Entre os médicos de relevância estava Asclepíades, um profissional grego que trabalhou sua vida em Roma.
Asclepíades foi responsável pela criação de uma das escolas de medicina de Roma e acreditava no lema “vis medicatrix nature”, que quer dizer em português “força curativa da natureza”. Por esta razão, muitos dos remédios daquela época eram baseados em ervas, unguentos, raízes etc. Na parte instrumental da medicina, destacava-se o uso de bisturis, agulhas, pinças e alguns instrumentos feitos de bronze e ferro.