Nascido na Jamaica, na década de 1930, o Movimento Rastafári é uma religião seguida por cerca de 1 milhão de pessoas no mundo.
Ela proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah, que para os cristão tem a mesma representação de Deus.
O termo usado para identificar a religião, o rastafári, tem origem em Ras (príncipe ou cabeça) Tafari (da paz) Makonnen, o nome de Hailê Selassiê antes de sua coroação.
Normalmente, os seguidores desse movimento são identificados pelos cabelos longos e trançados.
Início do Movimento
O Movimento Rastafári também é conhecido apenas como “Rastafari” ou, simplesmente, “Rasta”. Indícios históricos apontam que o movimento surgiu entre a classe trabalhadora e os camponeses de origem africana.
Tudo foi motivado pelo fato de Selassie ser o único monarca africano de um estado completamente independente, o que significava a redenção para muito deles.
Existe uma base bíblica também, que aponta que messias retornará à Terra, classifica Haile Selassie I como: O Rei dos Reis, Lorde dos Lordes, o Conquistador Leão de Judah.
Os integrantes do Movimento fazem apologia ao afrocentrismo, acreditando que a África é o centro do universo. As ideias sociais e políticas do jamaicano Marcus Garvey, também identificado como profeta da religião Rastafári, inspiraram uma nova visão mundial através das suas interpretações.
Um fato que ajudou a religião a se espalhar por todo o mundo foi a música reggae, que tem Bob Marley como o mais notável cantor e compositor. Porém, a maior concentração dos seguidores ainda está na Jamaica, com participação de cerca de 15% da população.
A doutrina Rastafári
O surgimento da doutrina rastafári está arraigado a pessoas oprimidas que sentiam que a sociedade não tinha nada a oferecê-los. Por isso, eles vivem no ideal de constante busca pela conformidade dos conceitos de como os africanos deveriam viver, buscando retornar à cultura originária dos ancestrais.
As mensagens transmitidas pelos adeptos falam de amor, respeito aos seres vivos, dignidade humana e auto-respeito. Além do mais, eles também defendem a liberdade espiritual, psicológica e física.
No dia-a-dia, muitos seguem uma dieta sem carne de porco ou frutos do mar. A grande maioria opta por seguir a dieta “ital”, também conhecida como vegetariana, esta baseada nos ensinamentos bíblicos do Antigo Testamento.
A partir disso, eles evitam tomar álcool e usar elementos sintéticos e químicos em seus alimentos. Outro importante identificador do afrocentrismo são as cores verde, dourado, e vermelho (cores da bandeira da Etiópia).
Elas são o símbolo do movimento rastafári, e da lealdade dos rastas a Hailê Selassiê, à Etiópia e a África acima de qualquer outra nação moderna onde eles possam viver.
As cores também carregam um significado específico, ligado as bases que inspiraram o movimento: o vermelho representaria o sangue dos mártires; o verde, a vegetação da África e o dourado, a riqueza e a prosperidade do continente africano.