Sua fonte de riqueza vinha principalmente das grandes minas de Mali, que chegaram a produzir metade do ouro que circulava na África, na Europa e na Ásia.
Musa Keita I chegou ao poder em 1312 e assumiu o título de ‘Mansa’, que significa ‘Rei’, num contexto de muita prosperidade na África toda.
Sobrinho-neto do fundador do Império Mali, Sundiata Keita, Musa reinou após uma sucessão de imperadores fracos.
Acumulou riqueza pela conquista de terras repletas de ouro, marfim e sal. O comércio dessas mercadorias garantiu o rápido crescimento do Império Mali.
Musa totalizou um domínio demais de 3.200 km. Abrangendo um território onde hoje estão situados 9 países: Mauritânia, Senegal, Gâmbia, Mali, Guiné, Burkina Faso, Níger, Nigéria e Chade.
O rei Musa era muçulmano e esse foi um dos motivos que o levou numa viagem. A incrível fortuna do mansa ficou conhecida em 1324, quando ele fez uma peregrinação de quase 6.400 km até a cidade de Meca, na Arábia Saudita – considerada a cidade sagrada do islamismo.
Ele não poupou despesas na viagem. A comitiva que realizou a peregrinação junto a ele era composta por 60 mil soldados, civis e escravos.
Além de 500 arautos que carregavam, junto de diversos camelos e cavalos, muitas barras de ouro. Todos os servidores usavam vestimentas contendo outro.
Há relatos de que a comitiva de Musa contava com 80 camelos, que transportavam, cada um, 135 quilos de ouro.
Durante a viagem, passando pelo Cairo, no Egito, Musa fez doações de ouro que fizeram cair a cotação do metal precioso na região, causando uma inflação que durou décadas. Mais tarde, o mesmo tentou remediar, mantendo relações comerciais com o país.
Mansa Musa governou por 25 anos até falecer em 1337, deixando um legado de mesquitas, escolas, bibliotecas e museus. Mansa Musa I foi sucedido pelo filho Maghan I, que acabou deposto pelo mansa Solimão, irmão de Musa I.
O sucesso do império Mali no século 14 não se repetira nos séculos seguintes, que acabou declinando gradualmente.