A Capitania da Bahia era governada por D. Fernando José de Portugal e Castro e a população da capital Salvador queixava-se contra o governo e a sua política que aumentava os preços de produtos essenciais e causava a falta de determinados alimentos, como, por exemplo, da carne. A insatisfação com o domínio português era bastante grande e o ideal de independência crescia em vários setores da sociedade baiana.
O exemplo da independência das Treze Colônias Inglesas e o ideal da Revolução Francesa (liberdade, igualdade e fraternidade) era difundido pelas classes mais humildes e também por uma parte da elite.
Dentre os objetivos da Conjuração Baiana, podemos destacar os seguintes:
Um dos principais líderes da Conjuração Baiana foi o médico, político e filósofo baiano Cipriano Barata. O médico organizou a população mais humilde, como pequenos camponeses e escravos, para espalhar mensagens e panfletos que buscavam incentivar mais pessoas a aderirem à revolução. Mulatos, escravos negros livres, artesãos, religiosos, soldados, comerciantes, setores populares e alfaiates uniram-se ao movimento de Barata.
Além de Cipriano Barata, destacaram-se também, na liderança e divulgação do movimento, o soldado Luís Gonzaga das Virgens e os alfaiates Manuel Faustino dos Santos Lira e João de Deus do Nascimento.
A revolta estava marcada, porém, no dia 12 de agosto de 1798, o movimento precipitou-se quando alguns de seus integrantes, ao distribuir panfletos e colá-los nas esquinas da cidade, alertaram as autoridades, que logo reagiram e interrogaram alguns envolvidos, que acabaram denunciando outros participantes da revolta e relatando o dia e a hora em que aconteceria.
As autoridades do governo baiano organizaram as forças militares para debelar a revolta antes que esta ocorresse. Vários participantes foram presos e torturados, outros foram expulsos do Brasil e quatro foram executados na Praça da Piedade em Salvador.