Ao constatado sobre a possível parceria, o então presidente da república, Rodrigues Alves, foi contrário à proposta. Para ele, esse acordo comprometia recursos públicos para a preservação dos interesses de uma minoria. Mesmo com o pedido negado, os governadores dos estados resolveram financiar a proposta e, para isso, pediram empréstimos bancários. Após as eleições presidenciais, Afonso Pena, o novo presidente do Brasil, apoiou o convênio e passou a comprar as sacas de café dos agricultores.
A política de valorização do café passou a ser responsabilidade do governo federal, que também realizava empréstimos em bancos internacionais que começavam a abrir as portas para o Brasil. Todavia, mesmo com as regras de controle de produção adicionadas no acordo de Taubaté, os produtores de café aumentaram o fornecimento, bem como suas rendas. Não para menos, o convênio virou um bola de neve para os cofres públicos.
Em 1929, houve a grande queda da Bolsa de Valores em Nova Iorque. Os Estados Unidos, principal cliente do Brasil, apresentava-se em uma enorme crise. Consequentemente, o Estado brasileiro sofreu com a recessão. O governo federal se viu sem saídas, pois não conseguia mais controlar os valores do seu principal produto de comercialização e estava afundado em dívidas externas. Além disso, outros setores do país, como as indústrias, também sofreram com a depressão, uma vez que não viam investimentos há muitos anos.
Aproveitando o momento de crise, Getúlio Vargas assumiu a presidência em um golpe no ano de 1930. Como ele via no café a fonte de riqueza do Brasil, decidiu não abandonar de vez a política de valorização desse produto. Queimou as sacas que estavam armazenadas e traçou outras metas para cobrir o prejuízo deixado pelos empréstimos internacionais.