A crosta terrestre, também chamada de Litosfera, é a camada mais superficial do planeta Terra, tendo entre 5 e 70 quilômetros de profundidade. Essa é a única camada terrestre que os seres humanos podem conhecer de forma direta, e é nela que se desenvolvem todas as formas de vida, tanto humana, quanto animal e vegetal. A Litosfera não é constituída apenas pelas porções de terras visíveis aos seres vivos, ou seja, as terras emersas. Ela é prolongada também para abaixo dos oceanos, formando o assoalho oceânico.
Em comparação com toda estrutura do planeta, a crosta terrestre é apenas uma fina camada, sendo que uma comparação possível é que a Litosfera seria como a casca de uma laranja diante da fruta toda, que seria o planeta Terra.
A crosta terrestre é constituída por uma vasta diversidade de rochas. As rochas são agregados naturais de um ou mais minerais, cujos elementos de diferenciação são a cor, o brilho, a textura e a dureza. As rochas são divididas em três grandes caracterizações, sendo elas magmáticas ou ígneas, sedimentares e metamórficas.
As rochas magmáticas são formadas a partir de consolidação do magma proveniente do manto, sendo que elas podem ser extrusivas (formadas externamente) ou intrusivas (formadas no interior da crosta terrestre).
Já as rochas sedimentares são aquelas que se constituem a partir de sedimentos e detritos de rochas que já existiam anteriormente. Esses sedimentos são depositados em áreas mais baixas do relevo, se compactando com o tempo.
Já as rochas metamórficas são aquelas que se formaram a partir de outras rochas já existentes, podendo ser sedimentares ou magmáticas, e que sofreram profundos processos geológicos, tendo sido afetadas por condições como temperatura e pressão.
Na Litosfera ficam evidentes as formas de relevo terrestre, sendo que a ciência que estuda essas formas é a Geomorfologia. A estrutura geológica dos variados locais é o que define as formas pelas quais as formas do relevo irão se apresentar. São três as estruturas geológicas principais existentes no planeta Terra, sendo elas:
Que são aquelas regiões formadas no período Terciário, quando houveram grandes dobramentos, e onde o terreno sofreu intensas elevações advindas dos processos internos da Terra. Nestas áreas estão contidas as cadeias montanhosas jovens da Terra, ou seja, os dobramentos modernos. São exemplos: os Alpes, os Andes, o Himalaia, dentre outros.
Uma segunda estrutura geológica da Terra são os escudos cristalinos, os quais são as formações do relevo mais antigas da Terra, também denominados de maciços antigos. Essas formações derivam da era Pré-Cambriana e da Paleozoica. Os relevos são planos e podem apresentar com expressividade ferro, manganês, ouro, alumínio e demais minerais.
E, por último, existem ainda as bacias sedimentares, as quais são formações mais recentes do que os escudos cristalinos, e que datam das eras Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica. Esses terrenos são formados por rochas sedimentares, com características de planaltos sedimentares e planícies. Nestas áreas são comuns o petróleo e o carvão.
O relevo é um conjunto de formas variadas da superfície terrestre. As principais formas do relevo terrestre são:
As montanhas, as quais são as formas mais elevadas do relevo da Terra. As montanhas são formadas a partir de dobramentos, ou seja, forças internas que provocaram enormes dobras nas rochas. Estas são as montanhas mais elevadas da superfície da Terra, sendo que existem outras montanhas de menor dimensão, como as montanhas vulcânicas.
Já os planaltos são áreas elevadas do terreno, relativamente planas com bordas nítidas. Os planaltos são porções do terreno menos elevadas do que as montanhas, e menos planos do que as planícies, sendo que neles os processos de erosão são bastante frequentes. Os planaltos podem ser cristalinos, sedimentares e basálticos.
As planícies são áreas bastante planas, onde há sedimentação, ou seja, o acúmulo ou deposição de sedimentos no terreno. São áreas com ampla predominância de processos erosivos.
As depressões são áreas rebaixadas, as quais encontram-se em posições mais abaixo das posições ao entorno. Quando as depressões se encontram abaixo do nível do mar, são chamadas de depressões absolutas. Quando as depressões se encontram apenas abaixo das áreas ao entorno, são chamadas de depressões relativas.
A Litosfera é formada também pelos solos, que é o ambiente no qual a vida efetivamente se desenvolve. Os solos são a parte mais superficial da Litosfera, e possuem as condições necessárias para o desenvolvimento dos vários tipos de vida. Os solos são formados a partir da desintegração e decomposição das rochas mais superficiais, os processos que formam os solos são denominados de intemperismo. O intemperismo pode ser físico ou químico, e é ele que modela externamente as formas do relevo terrestre, dando origem também aos solos. O solo é um elemento que leva muito tempo para se formar, e sua importância na vida humana advém de sua condição de base para o desenvolvimento da vida.
» MARTINEZ, Rogério; GARCIA, Wanessa. Novo olhar: Geografia. São Paulo: FTD, 2013.
» TAMDJIAN, James Onnig. Geografia: estudos para a compreensão do espaço. São Paulo: FTD, 2012.
» VESENTINI, José William. Geografia: o mundo em transição. São Paulo: Ática, 2011.