palavras de baixo calão).
Existem três ideias acerca das acepções da cultura constituinte das infinitas manifestações humanas, são consideradas por historiadores, sociólogos e antropólogos como maneiras de vida transmitidas de geração para geração formantes de uma
sociedade.
A cultura elenca crenças, artes, normas, condutas, hábitos, símbolos, valores agregadores do processo evolutivo do homem e seus pares no meio em que vive. Nessa linha de raciocínio, os humanos agem em grupos desde a pré-história até nossos dias buscando explicações para suas origens e para a vida.
Na história da civilização há também a divisão entre os mundos do oriente e ocidente, cada um com suas próprias características sobre a formação de sua nação.
Ambas mostram a união de pessoas com características em comum, língua em comum, religião em comum, formalizando uma
instituição identificatória social.
Numa análise filosófica cultura é a resposta dada pelos grupos humanos ao desafio da existência, por meio do conhecimento, das paixões, das dúvidas, das ações, da razão, e outros.
“A cultura é duradoura embora os indivíduos que compõem um determinado grupo
desapareçam. No entanto, a cultura também se modifica conforme mudam as normas e
entendimentos. Quase se pode dizer que a cultura vive nas mentes das pessoas que as
possuem. Mas as pessoas não nascem com ela; adquirem-na à medida que crescem”.
Há também, a análise da cultura, cuja função, seria suprir os interesses econômicos determinantes da sociedade contemporânea, trata-se da indústria cultural. A origem desta terminologia é de 1906 impresso pela primeira vez na história pelo filósofo
alemão Theodor Adorno.
“A arte e os bens culturais estão submetidos, com frequência, aos interesses do capitalismo contemporâneo e, quando isso ocorre, não passam de negócios, como qualquer outro produto de mercado”.
A indústria cultural não está preocupada com a criação de condições para que a maioria das pessoas possa receber manifestações artísticas – rádio, televisão, cinema, música, livrarias, programação cultural, lazer e outros, de maior qualidade.
Neste sentido, os valores dominantes do capitalismo (regime sócioeconômico baseado no lucro e na propriedade privada dos bens de produção) repassam à população uma ideia errônea dos reais valores referentes às “mercadorias culturais” – (filmes, shows,
musicais, revistas, etc…) como se fossem uma vitrine para vender automóveis, roupas, computadores, etc. Assim, a indústria cultural cria a cultura de massa.
“A técnica da indústria cultural levou apenas à padronização e à produção em série, sacrificando o que fazia a diferença entre a lógica da obra (de arte) e a do sistema social.”
É um conjunto de costumes, atividades, crenças, voltado às multidões. É uma cultura de natureza homogênea, cujo objetivo é igualar as manifestações artísticas ao oferecer o esgotamento de um decidido fenômeno comercial, difundindo sempre o mesmo, destruindo dessa maneira, o caráter inovador, criativo do cenário cultural.
A cultura de massa é a cultura da mercadoria, não possibilita juízo de valor, nem tampouco, restringe um território particular. A teoria é:
Este aparato deve disponibilizar o binômio compra e venda no mercado.
“Para as pessoas contaminadas por essa doença cultural, um par de sapatos, uma roupa, um carro perdem o encanto com pouco tempo de uso, exatamente como a pessoa amada, o amigo ou até mesmo a pátria”.
Como vimos, os tipos de cultura estão presentes no cotidiano das pessoas enfatizando as diferenças entre as categorias elitistas e as populares, reforçando o sentido de identificação de uma população que, dividida, sela suas concepções numa carga valorativa, fragmentando os indivíduos e grupos entre:
Diante do exposto, cultura é uma noção dentre as inúmeras do ramo das ciências sociais, abrangente em seus significados e significâncias, vai além do plano individual, avaliando vários povos, cada um com suas peculiaridades, afirmando cada cultura como um arsenal complexo unitário num leque de mil possibilidades.
»Tomazi, Nelson Dacio. Sociologia para o ensino médio – 2.ed. – São Paulo: Saraiva,
2010.