Os povos egípcios eram altamente religiosos, por isso que a religiosidade não estava deslocada do conceito de medicina. É tanto que no Antigo Egito muitas das doenças que afetava o povo eram correlacionadas aos deuses e demônios das crenças. Por esta razão, alguns tratamentos eram feitos a base de elementos sobrenaturais, como amuletos, encantamentos etc.
Porém, apesar de acreditarem que as forças superiores tinham relação com as enfermidades que afetavam o povo, os egípcios também entendiam de anatomia. Este conhecimento surgiu de forma empírica, tendo em vista que os médicos aprenderam a realizar o processo de dissecação dos corpos, procedimento este que servia para preservar ainda mais o corpo dos mortos em forma de múmia.
Não era apenas a dissecação que os egípcios faziam, mas também realizavam outros procedimentos, como as cirurgias não invasivas consideradas simples hoje em dia, mas complexas naquela época onde não havia tecnologia suficiente. A exemplo destes procedimentos podem ser citados a odontologia e a configuração de ossos. Além desses conhecimentos, os médicos também detinham uma gama de informações sobre farmacopeia e induziam a população a ter uma alimentação mais equilibrada.
Como se trata de um tipo de medicina antiga, mas muito rica em conhecimento, a egípcia se tornou um ponto de referência para as demais culturas que foram surgindo ao longo do tempo. Por exemplo, as medicinas da Grécia e da Roma foram altamente influenciadas pelos processos do Egito, como bem afirmou Hipócrates, o “pai da medicina”, reconhecendo a contribuição dada pelos conceitos da medicina egípcia.