Já no neologismo semântico, novos sentidos são atribuídos a uma palavra já existente: amarelar – fugir/desistir.
Ainda aparecem os casos em que as palavras são formadas a partir da representação dos sons, os chamados neologismos por onomatopeia [6], como pingue-pongue, tique-taque e piar.
É o caso mais complexo de neologismo. Para a criação das palavras, leva-se em consideração o radical, por anexação, supressão ou mesmo alteração da classe da palavra.
A derivação pode ocorrer de forma progressiva, quando os afixos são incorporados a uma base; regressiva, com os elementos suprimidos ou na forma imprópria, quando não se altera a forma, só a classe.
De acordo com o gramático Domingos Paschoal Cegalla, a derivação realiza-se de quatro maneiras:
Cegalla lembra que existe ainda o processo da derivação imprópria:
Imprópria – consiste na mudança da classe de uma palavra, estendendo-lhe a significação.
Exemplos: O anoitecer no sertão é deslumbrante. – verbo transformado em substantivo;
O viver, o andar – os infinitivos passam a substantivos.
Essa forma de criar palavras vem a partir da junção de duas ou mais palavras e radicais existentes, ambos na formação de uma única. Para esse tipo de neologismo, existem dois tipos de definição: justaposição e aglutinação.
Justaposição – o caso é identificado por não ocorrer alteração fonética. Todas as partes são usadas na sua integralidade. Exemplos: passatempo, vaivém e pé-de-moleque.
Aglutinação – as partes que serão usadas na composição das palavras sofreram alterações fonéticas. Para as mudanças de formas, diz-se que as palavras sofreram metaplasmo.
Aférese – supressão fonética no início. Exemplo: ta por está.
Síncope – supressão fonética no interior. Exemplo: pra por para.
Apócope – supressão fonética no final. Exemplo: mó por mor.
Outros exemplos de aglutinação incluem as palavras aguardente (água ardente), planalto (plano alto) e embora (em boa hora).