Mas não foi o francês que inventou o aparelho de cortar cabeças. Guillotin, na verdade, apenas sugeriu a volta do eficiente método de execução humana.
Cerca de 50 guilhotinas foram instaladas em várias cidades francesas, e elas ficavam ativas por até seis horas por dia. Calculam-se 40 mil vítimas da guilhotina entre 1792 e 1799. No período do “Terror”, entre (1793 e 1795), constataram-se 15 mil mortes na guilhotina.
O uso da guilhotina continuou na França ao longo dos séculos 19 e 20, até sua última execução em 1977. Em setembro de 1981, a França proibiu a pena de morte. Mas há um museu dedicado à guilhotina em Liden, na Suécia.
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O aparelho que serviu para decapitar 2794 “inimigos da Revolução” em Paris, teria sido copiado de uma gravura do alemão Albrecht Dürer, feita no século XVI, na qual o ditador romano Tito Mânlio decapita seu próprio filho com um aparelho semelhante.
Há registros de que, durante a Idade Média, equipamentos de cortar cabeças já funcionavam na Alemanha. A partir do século XVI, na Inglaterra e na Escócia, surgiram versões mais aperfeiçoadas da guilhotina, que dariam origem à guilhotina francesa.
A primeira máquina de decapitação francesa foi construída e testada em cadáveres no dia 25 de abril de 1792. Um assaltante de estradas foi a primeira pessoa a “inaugurar” a guilhotina na França revolucionária.
No primeiro projeto da guilhotina francesa, havia uma lâmina horizontal. Mas o doutor Louis, célebre cirurgião da época recomendou em um relatório entregue em 7 de março de 1792, a construção de um aparelho a lâmina oblíqua, única maneira de matar todos os condenados com extrema rapidez, o que era impossível com uma lâmina horizontal.
A morte na guilhotina era um espetáculo para ver e ser visto por todos. Era um ritual lento, iniciado pelo carrasco que cruzava a cidade levando os condenados à praça. Esses desfiles duravam cerca de duas horas.
Em Paris, a Place de Grève era palco de execuções de crimes comuns. Já Place du Carroussel servia para os criminosos políticos.
Muitas decapitações poderiam acontecer em um dia só, por isso a execução era breve. Nem todos tinham tempo para dizer as últimas palavras.
Foi na prisão Baumetes, em Marselha, na França, que a guilhotina foi usada pela última vez, em 10 de setembro 1977.
Hamida Djandoubi foi a última pessoa a ser guilhotinada na França. Ele era um imigrante tunisiano e foi condenado por tortura seguida de assassinato de sua ex-namorada, Elisabeth Bousquet, de 21 anos. Após ter perdido o seu último recurso, Djandoubi foi guilhotinado no alvorecer!
Um dos líderes do início da Revolução, acabou se opondo a Maximilien de Robespierre (grande mente por trás da Revolução) que o declarou inimigo da república. Foi executado ao lado do jornalista Camille Desmoulins, ex-melhor amigo de Robespierre.
Considerado o pai da química moderna, Antoine Lavoisier foi condenado por “conspirar” contra a revolução.
Na Revolução Francesa mataram o próprio rei, condenado por alta traição.
Nove meses após a execução de Luís 16, na Praça da Concórdia, foi a vez da rainha ser guilhotinada.