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Devido ocupações, MEC adia prova do Enem em 29 municípios da Bahia

Estudantes de 29 municípios da Bahia terão que fazer as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) nos dias 3 e 4 de dezembro, por conta das ocupações em locais onde seriam aplicados os exames no próximo fim de semana. A nova lista de instituições com provas adiadas foi divulgada nesta sexta-feira (4) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os estudantes que ocuparam locais de provas protestam contra a Medida Provisória 241 que limita gastos públicos e também contra a reforma no ensino.

Até o momento, o Inep adiou os exames que seriam realizados em 42 prédios de 29 municípios baianos. Somente em Salvador, quatro departamentos da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) tiveram as provas adiadas. Em Feira de Santana, três espaços estão ocupados, segundo o Inep, e, em Vitória da Conquista, quatro prédios não terão provas neste fim de semana, incluindo os da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb). Nos outros 27 municípios da Bahia, as instituições ocupadas se dividem entre campi de institutos e universidades federais, além de universidades estaduais.

Devido ocupações, MEC adia prova do Enem em 29 municípios da Bahia

Foto: Agência Brasil

Estudantes ocupam prédio da reitoria da UniRio

Cerca de 70 estudantes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio) estão ocupando o prédio da reitoria da instituição desde a noite dessa quinta-feira (3). O grupo protesta contra a PEC 241, que fixa um teto para os gastos do governo federal pelos próximos 20 anos. Eles também lutam contra a reforma do ensino médio e contra o projeto Escola sem Partido.

Um estudante da instituição, que preferiu não se identificar, contou que a decisão de ocupar somente a reitoria se deu pelo fato de outras áreas da universidade serem locais de prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

“Tudo isso foi muito bem pensado e estruturado para que não afetasse nesse ponto. Estamos lutando justamente contra essa série de desmandos que enfraquecem nossa educação, então qual seria a coerência de atrapalhar estudantes que estão buscando um futuro melhor? A nossa luta é justamente por melhorias. Nenhum estudante será prejudicado pela ocupação”, disse.

De acordo com o aluno, por mais que alguns estudantes da instituição estejam contra o movimento, a própria reitoria, que está ocupada, já costura um apoio com o movimento. “Essa articulação de quem não quer a ocupação soa mais como falta de entendimento acerca das nossas motivações do que discordância, pois quando realizamos as assembleias nenhum presente se mostrou contra o movimento, ou seja, quem hoje critica e nos ameaça não esteve presente quando deveria. A reitoria já se mostrou do nosso lado, temos esse entendimento com eles. Falta apenas o anúncio formal da parte deles. Isso demonstra que nossa luta é legítima”.

O Rio de Janeiro conta, atualmente, com 11 locais de prova do Enem ocupados. Desses, nove correspondem ao tradicional Colégio Pedro II. Além desses, alguns prédios da Universidade Federal Fluminense em Rio das Ostras, na Região dos Lagos, e um bloco do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro, em Duque de Caxias, aderiram ao movimento.

*Da Agência Brasil
Com adaptações