Entender que o tempo das ações dependem da velocidade, do lugar e das pessoas que praticam é fundamental para compreender o que significa a dilatação do tempo. Sabendo então, que o tempo não é absoluto e sim relativo, sabe-se que ele passa de diferentes formas para cada situação.
Imagine que alguém viaje de foguete para alguma estrela que esteja a 40 anos luz da terra. Se a velocidade desse foguete for de 240 000 km/s, essa viagem para os que estão na terra irá durar 50 anos de ida e mais 50 de volta. De acordo com a teoria da relatividade, o voo sofrerá uma redução de 40%. Teremos portanto a fórmula a seguir:
Sendo: Δt2 é o intervalo de tempo que passa para o observador em movimento, que será denominado tempo dilatado.
Δt1 é o intervalo de tempo transcorrido para o observador em repouso, também chamado tempo próprio.
V é a velocidade do observador em movimento;
C é a velocidade da luz (que é sempre a mesma);
Δt= é o valor do tempo que será gasto nessa viagem para o viajante e é o que está sendo procurado no cálculo;
Δt1= 50, valor de uma viagem de ida;
V: 240 000km/s, velocidade usada para atingir o objetivo;
C= 300 000, velocidade da luz. Esse valor será sempre o mesmo em todas as situações.
Assim, o tempo gasto pelo viajante será de 30 anos. Esse tempo poderá ser menor, se a velocidade do foguete aumentar com relação a velocidade da luz. Porém, não importa o tempo gasto na nave, pois, na Terra, o valor permanecerá o mesmo. De modo que é possível concluir que, quanto maior a velocidade, menor é o tempo gastado.
Se por acaso, duas naves, chamadas de A e B, se afastam uma da outra numa velocidade próxima a da luz, ambas, ao observarem uma a outra, terão a impressão de que a velocidade da outra está ocorrendo de forma mais lenta que a dela. Dizemos, então, que elas experimentam a dilatação temporal, pois se A, hipoteticamente falando, observa o interior de B, terá sensação que o ritmo dos eventos estão acontecendo de forma mais devagar do que no interior de A.
A situação se atenua quando o tempo registrado em relógios inerciais estáticos é levado em consideração. Por exemplo, se uma outra nave C é colocada em órbita paralelamente a A ou a B. Assim, os eventos ocorridos em C serão considerados normais para ambos. Há uma inversão quando, ao invés de se distanciarem, as naves começarem a se aproximar. O que era lento fica mais rápido que o normal.