Um exemplo de dogma presente na igreja foi o “Redenção Universal”, no qual os fieis acreditam que Jesus morreu para salvar todos dos seus respectivos pecados. Mais tarde surgiu um novo princípio que fez com que esse primeiro fosse questionado. Chamado de Imaculada Conceição de Maria, esse dogma foi proclamado pelo papa Pio IX, na bula “Ineffabilis Deus”, no ano de 1854. De acordo com ele, a Maria foi conferido o título de mulher pura e sem pecado desde o seu nascimento, sendo assim, Cristo não teria morrido por todos. Entretanto, o filósofo e beato Duns Scotus conseguiu promover a conciliação dessas duas ideias. Segundo ele, Maria foi redimida anteriormente a fim de estar apta para ser a mãe de Jesus. Por fim, vale ressaltar que os religiosos acreditam sem questionar nas verdades impostas pelas igrejas.
Essa linha de pensamento chamada de dogmatismo é submissa e autoritária ao mesmo tempo. As pessoas que nela acreditam se sujeitam as verdades absolutas, sem questioná-las. Simultaneamente, não aceitam indagações contrárias de terceiros, tentando assim impor esses pensamentos aos outros. Do ponto de vista da filosofia, dois grandes pensadores se colocam a favor dessa perspectiva.
Para Immanuel Kant, “toda atitude de conhecimento que consiste em acreditar na posse da certeza ou da verdade antes de fazer a crítica da faculdade de conhecer” se configura como dogmatismo e o filósofo ainda acreditava nessa ideia. Do mesmo modo, a tradição marxista, provinda do pensador Karl Marx confere a ideia de dogma à tendência a se separar as teorias da prática e da análise concreta.
Apesar desses dois teóricos se aprofundarem nesse assunto, outros filósofos na antiguidade também tinham seus pensamentos considerados dogmáticos, à exemplo de Parmênides, Platão e Aristóteles.