Doutrina Monroe

Os Estados Unidos, assim como vários países dos continentes americanos, foram colonizados por nações europeias. No caso dos norte-americanos, o seu colonizador foi a Inglaterra, a qual explorou intensamente as colônias que a pertenciam. Toda essa história começa no século XVI e se estende até o século XVIII, quando o EUA torna-se independente.

Após alguns anos da declaração de independência dos Estados Unidos, os líderes do país que tornou-se republicano, ao se sentirem ameaçados por países europeus que visavam dominar o território e colonizá-lo novamente, resolveram declarar a doutrina Monroe. Com o lema “a América para os americanos”, tinha como ideologia uma luta em defesa dos direitos de todas as Américas, mas na verdade só tinha como objetivo proteger o EUA. Antes de entendermos melhor o que seria esse princípio, vamos compreender o que foi a independência dos norte-americanos.

Independência dos Estados Unidos

A Inglaterra participou ativamente da Guerra dos Cem Anos contra a França, no período de 1756 a 1763. Apesar de saírem vitoriosos, os ingleses gastaram muito nesse conflito e queriam recuperar todo o investimento gasto. Para isso, a metrópole começou a intensificar a exploração nas colônias, entre elas a dos 13 estados norte-americanos. Leis foram criadas com o intuito de aumentar os impostos cobrados ao EUA, além de obrigar os estadunidenses a abrigar os soldados ingleses em suas próprias casas.

Todas essas medidas eram vistas pelos colonizados como absurdas e demasiadamente aproveitadoras. Para tentar resolver os problemas e amenizar as explorações, foi criado pelos norte-americanos o I Congresso da Filadélfia, entretanto, o rei inglês George III preferiu não concordar com os acordos propostos e pior, tomou medidas ainda mais abusivas.

Doutrina Monroe

Foto: Reprodução/ internet

Então, em 1776 os colonos se uniram no II Congresso da Filadélfia para conseguirem a independência. Por essa razão, a Inglaterra declarou guerra, mas os Estados Unidos saiu vitorioso, uma vez que contou com o auxílio da França e da Espanha. O conflito durou até 1783, quando enfim os 13 estados norte-americanos forma considerados livres dos ingleses.

Ameaça de colonização faz o EUA criar a doutrina Monroe

Após terem se tornado independentes, os Estados Unidos adotaram o sistema republicano. O primeiro presidente do país foi George Washington (1789-1797), que tinha como política principal o isolacionismo, prática que diz respeito a não manutenção de relações internacionais oficiais, principalmente com a Europa.

Já em novembro de 1823, o então presidente James Monroe, temendo as ameaças de uma nova colonização por parte da Áustria, Rússia e França, que configuravam a Santa Aliança, determinou o surgimento da doutrina Monroe, a qual definia “a América para os americanos”. E também defendia a ideia de que os Estados Unidos não deveria intervir em guerras regionais na Europa, assim como esse continente não interferisse nos interesses do país.

De acordo com o texto declarado pelo presidente do EUA, “os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência europeia”. Com a criação dessa doutrina, os Estados Unidos conseguiram afastar os interesses da Europa e começaram seu processo expansionista, varrendo povos indígenas e se tornando cada vez mais potentes.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.