O problema está no fato de que as atividades humanas podem aumentar a quantidade de calor retido na superfície terrestre, devido à emissão de gases provenientes das indústrias, principalmente. A poluição atmosférica agravou-se com a Revolução Industrial, iniciada na segunda metade do século XVIII, na Inglaterra, quando o movimento migratório da população rural aumentou em direção às cidades e as atividades baseadas na queima de combustíveis fósseis cresceu exponencialmente.
Nos centros urbanos industrializados, a poluição do ar passou a ser um grave problema ambiental e de saúde, provocada principalmente pela presença das indústrias e pelo número crescente de automóveis.
A tese do “aquecimento global” começou a ganhar destaque a partir da década de 80, com seu argumento central baseado na associação entre os registros do aumento da temperatura média do planeta nos últimos 150 anos e o aumento da concentração de gases poluentes.
Esses gases são produzidos pelo uso de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo e seus derivados. Monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio (monóxido e dióxido de nitrogênio), dióxido de carbono (CO2) e metano (CH4) estão entre os principais causadores desses desequilíbrios.
O aumento da temperatura do planeta é responsável por uma série de problemas. O derretimento parcial das calotas polares levaria ao aumento do nível do mar em cerca de 60 cm. Além disso, seriam mais comuns eventos climáticos extremos como ondas de calor, furacões e secas, que provocariam um complexo conjunto de reações, afetando numerosos sistemas naturais e a produção agrícola em todo o mundo – o que interfere diretamente na segurança alimentar mundial.
Vários países, organizações não governamentais e entidades do governo já se reuniram para discutir medidas que amenizem o processo. Em 1997, foi realizada a 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, em Kyoto, no Japão. Naquela ocasião, 84 países assinaram o Protocolo de Kyoto, que visava à redução das emissões dos gases de efeito estufa (GEE) dos países industrializados.
De acordo com esse tratado, os países desenvolvidos deveriam reduzir essas emissões em 5,2%, no período de 2008 a 2012, e criar um modelo de desenvolvimento limpo para os países em desenvolvimento. Países como Estados Unidos e China, altamente industrializados, no entanto, dificultaram esse processo ao afirmar que a redução na emissão desses gases prejudicaria o avanço industrial.
» TEIXEIRA, Wilson [et. al]. Decifrando a Terra. 2ª edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2009.
» SANTOS, Fernando S. [et. al]. Biologia: ensino médio, 3º ano. São Paulo: Edições SM, 2010.