Entre os precursores do denominado boom latinoamericano estão autores como Alejo Carpentier, Juan Carlos Onetti, Jorge Luis Borges, Ernesto Sábato, Juan Rulfo, Miguel Ángel Asturias e Franco Morales Diaz.
A década de 1960 foi marcada por uma grande agitação político-social em toda a América Latina, devido à forte influência do clima gerado pela Guerra Fria e o êxito da Revolução Cubana.
A Revolução Cubana, ocorrida em 1959, foi o principal evento que atraiu a atenção do mundo para o continente latino-americano. No que se refere aos antecedentes históricos do movimento, é importante citar também os governos ditatoriais que predominavam na Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Peru e vários outros países da América Latina.
Considera-se que as obras pertencentes ao boom latinoamericano são essencialmente vanguardistas. As principais características do fenômeno literário incluem o tratamento do tempo de uma maneira não-linear, a utilização de várias perspectivas ou vozes narrativas e um grande número de neologismos e jogos de palavras.
É possível notar também o tratamento de cenários rurais e urbanos, a ênfase na história e na política e o questionamento da identidade regional e nacional. Outra característica marcante nas obras pertencentes ao boom latinoamericano é o rompimento das barreiras entre o fantástico e o cotidiano.
Os críticos concordam que são quatro os autores mais representativos do fenômeno literário e editorial denominado boom latinoamericano. São eles:
O escritor argentino ficou conhecido internacionalmente pelo romance “Rayuela” (“Jogo da Amarelinha”), publicado em 1963. Suas obras incluem os livros de contos “Bestiário”, Final do jogo”, “As armas secretas” e “Todos os fogos o fogo”, além de “Histórias de cronópios e de famas” e os romances “Os prêmios” e “Livro de Manuel”.
O escritor colombiano alcançou grande projeção internacional, sendo bastante conhecido pela obra “Cem anos de solidão” (1967). Dentre as suas principais obras estão “Ninguém escreve ao coronel”, “O amor nos tempos do cólera” e “Crônica de uma morte anunciada”.
Vargas Llosa, o Prêmio Nobel de Literatura do ano 2010, é considerado um dos mais prolíficos literatos em língua castelhana. Dentre as mais famosas obras do escritor peruano estão “A cidade e os cachorros”, “A Casa Verde”, “Tia Júlia e o Escrevinhador” e “A Guerra do Fim do Mundo”.
Além de romancista, o mexicano Carlos Fuentes foi novelista e ensaísta, sendo considerado um dos maiores intelectuais do continente americano. Dentre a sua extensa produção destacam-se os seguintes livros: “A morte de Artemio Cruz”, “Aura”, Gringo velho” e “O espelho enterrado”.