De acordo com Robins (1977), “as línguas estão em um contínuo estado de mudança, e empréstimos devem ser considerados como aquelas palavras que não estavam no vocabulário em um período e que nele estão num período subsequente.” Com isso, chegamos a conclusão de que as palavras mudam de forma que influenciam na evolução da língua. As línguas recebem constantemente empréstimos de outras línguas, sendo constantemente transformadas de forma a suprir coisas, sentimentos, entre outros que ainda não tinham palavras para expressá-las.
Roman Jakobson, um dos maiores linguistas do século XX, afirmou que “Em matéria de língua não há propriedade privada; tudo é socializado.”, ou seja, todas as palavras podem ser emprestadas livremente transformando e adaptando linguagens. A utilização dessas palavras de outras línguas não é algo inédito, mas muito utilizado por diversas culturas.
Podemos notar que, constantemente, a língua portuguesa adota diversas palavras advindas do inglês norte-americano. Tais vocábulos podem ser difundidos em sua forma original, com sua pronúncia intacta, ou ainda de forma aportuguesada – passam pelo processo fonológico e gráfico de adaptação, como bife, futebol e xampu, por exemplo.
Normalmente, quando usamos uma palavra estrangeira em um texto, devemos destacá-la em itálico ou colocá-la entre aspas. No entanto, é importante lembrar que, quando usados de forma excessiva, os empréstimos linguísticos são altamente condenáveis.