Frases prontas, clichês, bordões, entre outras expressões desse tipo, podem ser consideradas fúteis e capazes de empobrecer o texto. Dê preferência a utilizar frases, declarações, ideias, opiniões, disseminadas por figuras típicas do meio educacional, da literatura, das artes, da política, da sociologia, da filosofia, entre outras áreas. Todavia, nunca se esqueça de dar crédito ao dono do pensamento o qual você reproduziu na redação.
Conhecimento é a chave para uma boa redação no Enem. Por se tratar de um texto do gênero opinativo, a dissertação exige o emprego de argumentos que convençam, que tenham sentido fundamentado. E o caminho para tal não é difícil, porém requer leitura habitual de livros, jornais, revistas e o acompanhamento em geral dos acontecimentos na sociedade global. Somente assim é possível se tornar um bom desenvolvedor de uma redação que tenha embasamento e seja capaz de convencer a banca examinadora.
Em geral, letras de música, declarações, poesias, poemas, frases, imagens ou textos aparecem na proposta de redação do Enem. Tal suporte é empregado para que o candidato possa ter um auxílio básico para que seja iniciada a construção do pensamento/argumento a ser dissertado. Todavia, o candidato não deve, em hipótese alguma, se limitar a isso. É preciso ir além e trazer para o desenvolvimento da redação fundamentos externos aos disponibilizados na proposta. Mas cuidado: não empregue embasamentos que fujam da temática solicitada pelo Enem.
Seja na redação do Enem ou em qualquer outro certame seletivo ou avaliativo, o uso correto da língua portuguesa é pré-requisito. Tenha atenção redobrada quanto a forma como irá escrever as palavras, com o sentido e a concordância das frases. A utilização de gírias e expressões consideradas vulgares não é bem-vinda, exceto se fizerem parte de algum contexto que venha a ser necessário citar. O abuso da linguagem coloquial também deve ser evitado. Escrito no formato de prosa, o texto dissertativo jamais deve conter versos e/ou rimas, uma vez que o mesmo não se trata de poema.
O excesso de palavras para expressar uma determinada ideia, o que podemos classificar como prolixo, é considerado um erro e é capaz de comprometer a redação. Opte pela coesão e seja objetivo nos argumentos utilizados. Modismos e expressões cotidianas pronunciadas erroneamente pelos falantes do português também soam como erro e comprometem a estrutura do texto.
Legibilidade. Eis um quesito decisivo para uma boa redação. Em decorrência das redações do Enem serem escritas à mão e de caneta, fazendo com que a escrita se torne mais escorregadia, é essencial que se tenha um extremo cuidado com letras ilegíveis e/ou erros que provoquem rasuras. É importante ter em mente que sua redação será lida pela banca examinadora. Ou seja, é preciso que a redação esteja legível. Do contrário, a mesma pode até ser desclassificada e o candidato ser eliminado. É importante escrever o texto com calma e sem pressa.
Abreviações inexistentes como as utilizadas na internet, o famoso “internetês”, jamais devem aparecer em redações do Enem. Substituir palavras como “também”, “você”, por “tbm”, “vc”, respectivamente, entre outras, caracterizam erro já de primeira. Tome cuidado para, mesmo sem querer, não acabar escrevendo esse tipo de abreviação inexistente. Tais casos podem levar a perda de pontos no momento da correção da banca examinadora.
Excesso de palavras e/ou expressões estrangeiras, o típico e conhecido estrangeirismo, devem ser tratados com extrema cautela. Palavras como “shopping”, “show”, “marketing”, entre outras, foram absorvidas pela língua portuguesa e não só podem como devem ser empregadas quando necessário.
Todavia, utilizar em demasia palavras estrangeiras não reconhecidas pelo português pode tonar o seu texto pobre e com risco de perder pontos. O português pede passagem. Já em casos que haja necessidade de repetição de palavras, busque por sinônimos ao invés de repetir uma mesma palavra duas, três ou mais vezes na redação.