As ocupações que ocorrem no país têm como alvo principal a Medida Provisória do Novo Ensino Médio, encaminhada no mês passado ao Congresso. Os estudantes dizem temer a precarização do ensino caso os repasses para educação sejam reduzidos e pedem a possibilidade de uma contraprosposta.Além disso, protestam contra o limite de gastos do governo imposto pela Proposta de Emenda a Constituição (PEC) 241/2016.
Segundo o ministro, a discussão de uma reforma do ensino médio é feita desde 1998. “Eu acho um absurdo falar em precarização, não tem como encarar esse contexto trágico [do atual ensino médio] e ficar olhando a banda passar. Tem que agir e estamos agindo na urgência e na relevância que o assunto merece. Quem quer discutir, participa de audiência pública no Congresso Nacional e até de protestos, mas não pode impedir quem quer se submeter à prova do Enem”, disse Mendonça.
O Enem será realizado nos dias 5 e 6 de novembro. Ao todo, mais de 8,6 milhões de candidato confirmaram a inscrição. Eles farão as provas em 1,7 mil municípios e 16 mil locais de prova.
Pelo Facebook, na página Ocupa Paraná, o movimento das ocupações no estado se posicionou: “Governo! Você não nos representa!”. Em uma imagem, os estudantes divulgaram os dizeres: “O que o governo diz: vamos cancelar o Enem; vamos cancelar os jogos; vamos cancelar as aulas; vamos cancelar os vestibulares; porque as escolas estão ocupadas. O que o governo deveria dizer: Vamos cancelar a PEC 241 e a MP 746”.
O movimento diz ainda que no dia 21 haverá assembleia estadual para definir os próximos passos.
*Da Agência Brasil
Com adaptações