Segundo o Dicionário Aurélio, conservador é “aquilo que conserva. Diz-se daquele que em política é favorável à conservação da situação vigente opondo-se a reformas radicais. Diz-se daquele que é apegado a hábitos ou a valores tradicionais”.
Na prática, o conservador é aquele que acredita que existe uma moral eterna por trás de cada ação. E cada uma dela possui uma ordem: a ordem interior e a exterior. Quem defende o conservador acredita que foi a falta de moral que provocou grandes problemas enfrentados pela humanidade.
O artigo ‘Os 10 princípios conservadores’ do blog ‘Tutores da Direita’, traz essa perspectiva: “o mundo do século XX experimentou as consequências hediondas do colapso da crença na ordem moral. Como as atrocidades e desastres da Grécia cinco séculos antes de Cristo, a ruína das grandes nações no século XX mostra-nos o fosso no qual caem as sociedades que erradamente tomam o hábil interesse próprio ou engenhosos controles sociais como agradáveis alternativas a uma ordem moral antiquada”.
Dessa forma, podemos afirmar que o conservadorismo relaciona as questões sociais a uma moralidade privada, como afirma o mesmo post “uma sociedade na qual homens e mulheres sejam regidos pela crença numa ordem moral permanente, por um forte senso de certo e errado, por convicções pessoais sobre justiça e honra, será uma boa sociedade”.
Veja também: História e origem do Partido Progressista (PP) [1]
Uma economia conservadora é aquela que mantém fortes traços de nacionalismo, desenvolvimentistas e protecionistas. A mentalidade permite que o Estado faça políticas intervencionistas no âmbito econômico.
A política conservadora é aquela que acata o código moral e a estrutura social tradicionais. Ela leva a sério os valores como a ordem, a diversidade do individualismo e a igualdade político-jurídica, responsável por garantir o bem comum. Já a desigualdade social é resultado das diferenças naturais entre os indivíduos e fruto dos esforços individuais e decisões.
Índia, Rússia, Coréia do Norte, alguns países da África, Cuba, Jamaica, Guiana e Venezuela.
O Dicionário Aurélio diz que “liberal é aquele que é partidário do liberalismo. Quem tem ideias ou opiniões avançadas, amplas, tolerantes, livres. Partidário do liberalismo econômico, político e que professa opiniões liberais”.
Para o Movimento Liberal Social, o liberalismo tem a liberdade individual como objetivo central, uma vez que ele acredita que a falta de estrutura básica para viver bem é tão prejudicial quando um Estado opressor.
Por isso, eles lutam para que o Estado tenha apenas o papel de regulador e garantidor de acessos, mas sem intervir nas questões.
Os adeptos da economia liberal acreditam que o Estado deve intervir o menos possível na economia. No máximo, o seu papel destina-se a observar o mercado e entrar no jogo em situações extremas. Para eles, os mercados devem ser globais e interagir e comercializar entre si, sempre visando o lucro e a meritocracia.
Os políticos liberais são aqueles que defendem a mudança sem o apego às tradições. Por isso, eles acreditam em políticas públicas progressistas, eles são totalmente ao contrário das doutrinas socialistas e comunistas, por exemplo.
Alguns países liberais atualmente são Alemanha, Reino Unido, Suécia e Dinamarca.
Veja também: Neoliberalismo [2]
“Já o conceito oficial de reacionário é aquele que é aferrado à autoridade constituída, contrário à liberdade, tirano, despótico e indivíduo reacionário”.
Na prática, a palavra reacionário está atrelada à aspectos negativos. São indivíduos que se opõem à evolução da sociedade e princípios democráticos.
Algumas pessoas costumam relacionar os termos reacionário e revolucionário, mas ambas as palavras são distintas no seu significado. O reacionário invoca o passado nostálgico a fim de encontrar respostas para os problemas presentes, enquanto o revolucionário vê uma resolução utópica em um futuro próximo.
Eles admitem mudanças, mas desde que respeitem os valores de outrora, diferentemente dos conservadores que não querem mudanças significativas.
Temos alguns exemplos de economias reacionárias ao redor do mundo. No entanto, não podemos dizer que elas são somente reacionários, geralmente há uma mistura, principalmente com a economia conversadora. Cuba, por exemplo, é um tipo de economia reacionária, apesar de já ter dado alguns passos para a abertura.
A Coreia do Norte é um dos maiores expoentes da política reacionária. É aquela que se isola e vive de uma filosofia mergulhada nos conceitos do passado. Embora carregue outros traços do conservadorismo, podemos encontrar algumas características da política reacionária.
Oriente Médio, Rússia, Coréia do Norte, Cuba e Venezuela.
Além do conservador, liberal e reacionário há outros tipos de classificações para as posturas políticas. Conheça mais alguns:
Uma pessoa é chamada de “direita” quando ela pertence a um partido político ou compartilha de ideias tradicionais de gestão e economia. Ou seja, eles são adeptos à intervenção forte do Estado no mercado e na vida dos cidadãos. Podem ser vistos nesse grupo, os conservadores.
Já os grupos de esquerda são aqueles que acreditam que o governo deve ter um papel menor ao garantir direitos e distribuir a igualdade entre todos, com menos intervenção. Os liberais se encaixam bem nesse perfil partidário. Chama atenção ao fato de que no Brasil, a esquerda por ser também populista, mantém muitas características conservadoras, principalmente quando o assunto é a política social.
Veja também: Política: entenda o conceito de direita e esquerda [3]
O neoliberal é ainda mais aberto à liberdade de mercado. Essa expressão surgiu em 1970 e é utilizada, sobretudo, para defender a ideia que o Estado deve somente intervir em situações raras e imprescindíveis.
Muitos países modernos seguem essa filosofia, embora acabem misturando um pouco com as posturas menos radicais. Países como o Canadá, Holanda e Alemanha já têm iniciativas neoliberais junto à economia e gestão dos Estados.