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Entenda por que o 7 de setembro é comemorado

“Independência ou morte!”, essa exclamação faz parte de muitos livros de história e resume o dia 7 de setembro de 1822, quando Dom Pedro I declarou a independência do Brasil, após  o país ter servido como colônia para Portugal durante 322 anos.

Mas, para que D. Pedro chegasse a esse ponto máximo, foi necessário tomar algumas medidas que batiam de frente com as normas estabelecidas pela metrópole. Passar por cima da autoridade do pai D. João VI e atender as necessidades da elite brasileira foi o desafio do imperador.

Contudo, apesar de ser uma data significativa para o povo brasileiro, a realidade da população que residia nas mediações do Brasil naquela época não passou por mudanças significativas.

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Foto: depositphotos

Apenas a elite agrária foi a parcela da sociedade que mais se beneficiou neste processo de independência, enquanto que os demais setores continuaram excluídos das esferas do poder.

Família Real no Brasil e a transferência da sede política do império

Após desavenças com Napoleão Bonaparte, o rei D. João VI vem para o Brasil junto com toda sua família real. No ano de 1808, as tropas portuguesas chegam nas terras tupiniquins e se estalam no Rio de Janeiro.

A chegada da corte transformaram o Brasil em reino unido, em 1815, uma vez que a sede política do império português foi transferida para esta colônia.

Contudo, em 1820 houve a Revolução do Porto, evento este que fez D. João VI retornar para Portugal e deixar o filho D. Pedro I, no Brasil. Neste momento, movimentos religiosos, figuras liberais e a voz do povo nas ruas da ex-colônia pediam que houvesse o rompimento entre Brasil e Portugal.

A partir destas investidas, a coroa portuguesa intimava a volta de D. Pedro, até que no dia 9 de janeiro de 1822 ele afirmou que não sairia das terras brasileiras. Esta data ficou conhecida como “O Dia do Fico”.

Independência: a pressão popular e o rompimento cuidadoso

Diversos setores da sociedade pediam o processo de independência do Brasil, principalmente a elite agrária da ex-colônia. Contudo, era necessário atender a pressão popular e também levar em consideração alguns princípios políticos e econômicos já estabelecidos na região.

Em outras palavras, haveria o rompimento político com Portugal, porém a escravidão seria mantida, assim como seria instituído o voto censitário e o regime monárquico adotado.

Mesmo com a maioria da população pedindo o rompimento entre a ex-colônia e a metrópole, algumas regiões do Brasil temiam esta nova forma política.

Por isso, D. Pedro I convocou uma Assembleia Constituinte, organizou a Marinha de Guerra, exigiu a volta das tropas lusitanas e ainda determinou que todas as medidas tomadas pela Coroa Portuguesa deveriam passar por sua aprovação antes de entrarem em vigor.

Mas, mesmo com essas propostas, algumas regiões do Brasil estavam exaltadas com a mudança política. Para tentar acalmar os ânimos destas pessoas, D. Pedro I se propôs a visitar Minas Gerais e São Paulo.

Na ida para Santos, ele recebe uma carta de Portugal exigindo sua volta. Exatamente no dia 7 de setembro de 1822, D. Pedro I proclama a independência e torna-se o primeiro imperador do Brasil.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.