As epístolas, no entanto, diferem-se das cartas pois emitem expressões e manifestos, além de discussões de questões e interesses que vão além dos interesses pessoais. No entanto, não abandonam o estilo formal que une os amores objetivos e os apelos subjetivos aos debates de cenas abrangentes e abstratas. Apoia-se, como uma forma de simplificar, o coloquialismo como sua forma de escrita, e as epístolas sempre defendem um ponto de vista ou um manifesto, podendo ainda criar questões ideológicas.
Até mesmo o termo vem sento usado há muito tempo, presente inclusive na Bíblia com as Epístolas de São Paulo, que eram destinadas às comunidades cristãs. Na literatura latina, encontramos essa forma de escrever nas epístolas de Horácio, Varrão, Plínio, Ovídio, Sêneca e Cícero.
Sua expansão e ampliação ocorreu, no entanto, com os Humanistas durante o Renascimento, que usaram as epístolas como uma forma de comunicar a todos os acontecimentos do mundo, muito antes do surgimento da imprensa jornalística. Dessa técnica surgiu a epistolografia, que nada mais é do que o uso da técnica para composição da introdução de obras, como uma forma de apresentar uma personagem ou ainda justificar seus escritos, eliminando sua função de correspondência. Atualmente, o gênero parece estar em constantes mudanças com a difusão dos meios eletrônicos, mas seguindo sempre outros moldes e estilos, adaptando-se.