Este ano, os reajustes das mensalidades dos cursos foram aceitos pelo governo. E nesta terça-feira (18), foi sancionada a liberação de um crédito suplementar de R$ 702,5 milhões para cobrir despesas com o Fies pelo presidente interino da República, Rodrigo Maia. A demora na liberação deste valor pelo governo provocou um atraso de três meses nas renovações dos contratos deste segundo semestre.
A crise econômica e a redução do financiamento ampliou o total de estudantes que não estão conseguindo manter as mensalidades em dia nas faculdades particulares. Os atrasos de mais de três meses chegaram a quase 9% no ano passado, e o sindicato do setor estima que se manterá neste nível durante este ano.
Só não será maior porque houve volume menor de matrículas em 2016, diante das restrições do Fies e do desemprego.
A Proteste orienta quem não conseguiu recorrer aos programas de crédito estudantil próprios das instituições a procurar a renegociação da dívida para evitar ter o nome inserido no cadastro de maus pagadores; e para não ter recusa da matrícula para o período letivo seguinte. Se ainda tiver problemas, pode recorrer às entidades de defesa do consumidor como a Proteste, pelos telefones 0800-201-3900 (de telefone fixo) ou (21) 3906-0900 (de celulares), ou no site www.proteste.org.br/reclame [1]. A Cartilha dos Estudantes [2], publicação online da Proteste, traz outras dicas.
Caso consiga um acordo, é importante não deixar de cumprir os novos prazos renegociados, pois os juros cobrados por atraso da parcela ajustada podem ser ainda mais elevados. Também há a possibilidade de que a dívida seja cobrada de uma só vez e na Justiça.