As figuras de som, como o próprio nome já evidencia, abrangem as figuras de linguagem que trabalham com a sonoridade das palavras e repetição de vocálicos parecidos.
Temos a aliteração como exemplo, que é a repetição ordenada dos mesmos sons consonantais: “Esperando, parada, pregada na pedra do porto.” (Chico Buarque)
De acordo com o gramático Cegalla, as construções frasais que se afastam das estruturas comuns ou regulares e que visam transmitir à frase mais expressividade, concisão ou elegância dá-se o nome de figuras de construção.
Um bom exemplo é a inversão, que consiste na mudança da ordem natural dos termos da frase: “Tão leve estou que já nem sombra tenho.” (Mário Quintana)
As figuras de pensamento são muito utilizadas na poesia, pois nelas intervêm fortemente a emoção, o sentimento, a paixão. Nelas são especificadas as figuras que mexem diretamente com a interpretação da frase, como a antítese e a ironia.
Entre os vários exemplos que podemos citar, encontramos a prosopopeia ou personificação, que consiste em atribuir a seres inanimados predicativos próprios de seres animados: “A lua olhava todos da rua com atenção”; e a hipérbole, que é o exagero de uma ideia com a finalidade de dar a ela a ênfase necessária definida pelo autor: “Estou morrendo de sede”.
Dar uma cara nova à palavra. É isso que fazem as figuras de palavras (ou tropos, do grego trópos, desvio, giro). Elam abrigam todas as figuras que atingem diretamente as mudanças e novas atribuições de sentidos, proporcionando a criatividade linguística.
Podemos citar como exemplo a metáfora, que acontece quando um termo é empregado com significado diferente do habitual por meio de uma comparação em que o conectivo comparativo fica subentendido: “O pavão é um arco-íris de plumas.” (Rubem Braga). Outro exemplo é a antonomásia ou perífrase, que consiste na substituição de um nome por uma expressão que o identifique com facilidade: “…os quatro rapazes de Liverpool” termo que faz relação ao The Beatles.