Apresenta a comparação de uma ideia ou expressão em lugar de outra.
Exemplo: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã.” (Renato Russo)
De origem grega, onde “meta” significa “mudança”, “alteração” e “phora”, “transporte”, a metáfora é o mais expressivo elemento em que se apóia a linguagem figurada. Trata-se de uma espécie de comparação implícita, em que o elemento comparativo não aparece. É o deslocamento de um termo, ou expressão, de sua área de significado normal para outra, resultando na produção de um efeito estético que apresenta o binômio denotação/conotação.
Exemplo: Ela é uma flor.
Proveniente da palavra grega “metonymia” (“além do nome”, “mudança de nome”), essa figura de palavra constitui-se pelo emprego de um termo por outro, com o qual estabelece uma constante e lógica de continuidade.
Exemplo: Eu procurei o significado da palavra no Aurélio.
Essa figura de palavra caracteriza-se pela substituição de um nome por uma expressão que o identifique facilmente.
Exemplo: A Rainha dos Baixinhos gravou vários discos. (“Rainha dos Baixinhos” substitui “Xuxa”).
Caracteriza-se pela substituição de uma palavra por várias outras.
Exemplo: “Graças à onipotência de quem criou o Universo.” (Substituindo “graças a Deus”).
Figura de palavra que emprega vocábulos semelhantes na grafia e na pronúncia, porém opostos ou aparentados no sentido. Esta figura estilística é muito utilizada na formação dos trocadilhos.
Exemplo: “Com tais premissas ele sem dúvida leva-nos às primícias.” (Padre Antonio Vieira).
Caracteriza-se pela interpenetração, em uma mesma expressão, de planos sensoriais distintos, com a fusão de sensações visuais com auditivas, gustativas, olfativas, tácteis.
Exemplo: “Por uma única janela envidraçada, (…) entravam claridades cinzentas e surdas, sem sombras.” (Clarice Lispector).
Caracteriza-se por reproduzir estilisticamente sons e ruídos do mundo natural.
Exemplo: “Café com pão café com pão café com pão/Virge Maria que foi isso maquinista?” (Manuel Bandeira).