Após o domínio, os muçulmanos impuseram a sua religião aos povos cristãos de Granada, que além de não conseguirem a liberdade religiosa, também eram obrigados a permanecer na cidade. Essas imposições influenciaram ainda mais revoltas, entre elas a de Pelágio, iniciada em 718 e considerada como o ponto de partida da Reconquista. Outras alternativas também foram usadas pelos cristãos, como as Cruzadas e a ação dos Cavaleiros Templários.
Mesmo com todos os eventos durante os oitos séculos de luta, somente em 1482 a guerra contra os muçulmanos foi declarada pelos cristãos. Após inúmeras provocações dos islâmicos, os reis católicos de Castela, Isabel e Fernando, se uniram com o reino de Aragão, e juntos conquistaram cada cidade do reinado pertencente aos muçulmanos.
Além do poderio militar cristão, outro fator que influenciou a derrota dos islâmicos, foi as intensas desavenças internas provocadas pela insatisfação dos católicos que viviam sob o domínio desses povos. E assim os cristãos foram retomando o território. Em 1485 conquistaram Ronda, um ano depois Málaga e de abril de 1491 a janeiro de 1492, cercaram, renderam e retomaram o último reino muçulmano da península Ibérica, antes dominado pelo rei Boabdil.
No dia 2 de janeiro de 1492, Isabel e Fernando foram até Alhambra, onde Boabdil entregou as chaves da cidade aos vitoriosos. Representando assim a reconquista do território que, por oito séculos, pertenceu aos muçulmanos. As guerras da retomada forneceram as condições necessárias para a unificação da Espanha em um só reino como Estado Nacional, ainda nesse mesmo ano.