Sob o comando do Partido Nacional, a África do Sul que era em grande número constituída pela população negra, passou a oferecer direitos apenas aos brancos.
A palavra apartheid significa “separação” e foi desta mesma forma que o país foi governado durante quase meio século. Durante esse tempo, a população era classificada em grupos raciais, eram eles: brancos, bantos ou negros e de cor ou mestiços.
Essa divisão dos povos servia de base para decidir que tipo de educação eles iriam receber, qual trabalho eles iriam colocar em prática e até que lugares do país eles poderiam frequentar.
Era um momento de limitações para a população negra, pois recebiam uma educação inferior, uma vez que teriam empregos inferiores.
Isso sem contar que eram obrigados a viver em zonas determinadas chamadas de bantustões, sem poder ir nas mesmas praias que os brancos e nem utilizar os mesmos meios de transportes. O casamento intra-racial também era proibido.
Todas essas regras faziam parte da legislação proposta pelo Estado. Essas aplicações, no entanto, eram para os diversos países e organizações internacionais normas repulsivas e, por essa razão, a África do Sul sofreu diversas sanções econômicas e de isolamento.
Assim como os povos de outras nações, alguns brancos do próprio país eram contra as medidas, desta forma, o governo decretou estritas medidas de segurança, onde quem fosse contra o apartheid era considerado extremista comunista e um fora da lei.
Organizações foram montadas no país a fim de derrubar esse modelo preconceituoso que imperava na África do Sul. O Congresso Nacional Africano (CNA) foi uma delas, nomes como Oliver Tambo, Nelson Mandela e o arcebispo da cidade do Cabo, Desmond Tutu, foram alguns dos líderes contra o sistema repressor da época.
Em 1960, uma manifestação contra o governo foi reprimida pela polícia e esse se tornou um dos piores massacres de civis perpetrados no país. O governo prendeu alguns líderes e colocou as organizações negras que antes eram permitidas como ilegais. Esse foi o episódio que deu declínio ao movimento apartheid.
O governo sul-africano sob o comando de Frederik Willem colocou um ponto final no processo de segregação racial. Em 1990 caiu a proibição sobre o CNA e Nelson Mandela foi solto, após 28 anos de prisão.
Nesse mesmo ano, acabou a segregação racial nos hospitais e uma lei que proibia esse tipo de procedimento em lugares públicos. Já em 1991, o Parlamento da África do Sul procedeu à abolição total das leis que formavam os princípios do apartheid e os negros tiveram, enfim, os seus direitos concedidos.