Física

Fissão e fusão nuclear

Fissão nuclear

Chamamos de fissão nuclear o processo de reação que começa com o choque entre um nêutron e um núcleo instável. O resultado desse processo é a quebra do núcleo, o que explica, inclusive, o nome que recebe – fissão nuclear = divisão do núcleo. Há, com a fissão do núcleo, a produção de novos nêutrons que se chocarão com outros núcleos instáveis, gerando outras fissões, caracterizando um bombardeamento de partículas como um processo em cadeia.

Fissão nuclear

Foto: Reprodução

Como exemplo desse processo, podemos citar o núcleo do Urânio que pode sofrer a fissão nuclear e gerar uma quantidade muito grande de energia. Esse elemento é considerado radioativo.

Essa reação acontece de forma natural em decorrência da pressão e da temperatura de ambientes, como é o caso das minas de urânio do Gabão. Essas funcionaram, há 2 bilhões de anos, como um reator natural de fissão.

Aplicações

Com 6 g de urânio, é possível conseguir energia equivalente ao abastecimento de uma casa com quatro pessoas por um dia inteiro. É usada atualmente para a produção de energia, mas gera um problema ainda sem solução: o lixo radioativo. Além disso, não é uma energia limpa, pois como elementos resultado da reação encontram-se alguns altamente tóxicos e radioativos, como o bário, que exigem armazenamento especial, pois não podem ser liberadas no meio ambiente.  É usada também para a fabricação de bombas nucleares – como as usadas na Segunda Guerra Mundial.

Fusão nuclear

A fusão nuclear, por sua vez, é um processo que consiste não na divisão, mas na união de núcleos, dando origem a novos elementos químicos. Isso acontece por meio da colisão de dois átomos que, juntos, formam um terceiro mais pesado. Durante o processo há a liberação de energia – e dependendo dos reagentes, pode gerar também um nêutron livre.

Fusão nuclear

Foto: Reprodução

Esse processo, no entanto, não acontece de forma natural, uma vez que seus campos eletromagnéticos se repelem. A pressão e a temperatura altas podem fazer com que os eletros se dispersem, tornando possível a colisão.

Aplicações

A fusão nuclear somente é possível de forma natural em estrelas como o sol, por exemplo. Começou a ser estudada na década de 30, quando começou a ser pesquisada com intenções de uso militares. Apesar disso, seu uso também é aplicado na produção de energia – estudo que começou na mesma década e permanece até os dias de hoje.

Esse processo é usado para a produção de bombas de hidrogênio – um tipo de bomba nuclear –, mas também como forma de produzir energia que, acredita-se, será seu uso principal no futuro. A reação de fusão do hidrogênio é a mais fácil de ser realizada, onde dois isótopos, ou seja, átomos com o mesmo elemento, mas que possuem quantidades diferentes de nêutrons, se unem formando um átomo de hélio, que é um gás sem radioatividade, tornando-a uma energia limpa.