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Globalização na prova do Enem: Origens, características e consequências

Na área destinada aos conteúdos de geografia no Enem, há sempre um espaço para falar sobre a globalização. Este fenômeno que tem como características principais o foco na área comercial, a quebra de barreiras, o crescimento de envio de produtos, a transação de mercadorias, a expansão de culturas dominantes sobre as de “menor impacto” mundial etc.

Por esta razão, o professor João Luís Machado preparou um conteúdo exclusivo sobre este tema, que foi publicado pelo canal no YouTube TV Poliedro, do Sistema Poliedro de Educação. Nesta aula, especialmente focada no Enem, o docente explica quais as origens deste movimento, as suas principais características e consequências. Além de trazer e explanar sobre uma corrente chamada de alter-globalização. Tudo isso baseado em opiniões de especialistas do Brasil e do mundo.

Origem da globalização

De acordo com o professor João Luís, há diversas versões sobre o surgimento da globalização. Estas teorias causam divergências entre estudiosos e historiadores no geral, pois cada um data o aparecimento da globalização em épocas bem distantes umas das outras. Um das tantas versões diz respeito aos romanos, que para alguns especialistas foram os primeiros a colocarem em prática esse processo, ainda na Idade Antiga. A explicação para esta ideia vem de que foram os povos de Roma que começaram a difundir suas culturas pelas regiões mais isoladas.

Outra teoria é que ela vem já nos séculos XII e XV, durante a Idade Média. Para alguns conhecedores da história, a globalização surgiu com movimentos de expansão marítima e na época do Renascimento. Além destas versões, há uma outra que é bastante difundida, a que trata este fenômeno como algo que ocorre no centro do ciclo revolucionário burguês. Isto significa dizer que, para um grupo de especialistas, este movimento ocorreu devido à Revolução Industrial, Revolução Francesa, Independência dos Estados Unidos etc. Todos estes eventos que marcaram os séculos XVIII e XIX.

O que é e quais são as características mais marcantes deste fenômeno?

O professor ainda traz a fala de um dos mais importantes sociólogos do mundo, Anthony Giddens, para explicar em qual contexto e o que poderia ser entendido como globalização. Desta forma, o estudioso coloca que este processo ocorre através da “urais e parâmetros no mundo através de países que dominam política e economicamente falando. Assim, as nações que possuem uma cultura marcante acaba vendendo suas ideologias por meio de redes amplamente presentes no mundo todo. São exemplos de países com esta força os Estados Unidos, França, Inglaterra, Alemanha e Japão.

Globalização na prova do Enem: Origens, características e consequências

Foto: depositphotos

De acordo com Manuel Castells Oliván, outro sociólogo que serve como exemplo para o professor da TV Poliedro, existem algumas características da globalização que merecem ser destacadas, como:

  • O domínio das tecnologias;
  • Desestruturação de organizações, desaparecimento ou perda de expressão de movimentos sociais e a ascensão de expressões culturais efêmeras;
  • A não variável do tempo, onde tudo funciona o tempo todo e em todo lugar;
  • Movimentos e situações podem interagir na realidade das pessoas mesmo que estas eventualidades ocorram em lugares distantes;
  • Consolidação da imagem individual e/ou coletiva;
  • Economia informatizada organizada em torno de centros de comando;
  • Surgiram regiões e redes que construíram polos interdependentes quanto a inovação, produção e relações políticas e econômicas;
  • Os fluxos (capital, sons, tecnologias, imagem, informação) comandam a existência coletiva.

Consequências deste movimento mundial

Com a globalização tudo ficou mais rápido, as relações, o trabalho e todas as demais atividades. Ainda segundo Castells, com o mercado globalizado, houve um desajuste na qualidade de vida dos indivíduos, uma vez que aumentam e pioram os serviços e, ao mesmo tempo, distanciam as pessoas.

Por exemplo, como ficou mais fácil se instalar em diferentes países, as empresas multinacionais podem escolher em qual país é mais barato para produzir. E, se depois encontrarem outro país mais econômico para produção podem facilmente abandonar o polo, desempregar todos os funcionários e migrar para outra região. Tudo isso sem se dar conta das perdas para as pessoas e para o país que foram deixados.

Além disso, há um processo de inferiorizar as culturas que não pertencem ao grupo de nações mais fortes economicamente. Então há uma espécie de polarização do mundo, entre países globalizados e os que ainda estão no processo de globalização.

Para o geógrafo brasileiro, Milton Santos, há diversos pontos negativos deste fenômeno atual. “De fato, para a grande maior parte da humanidade a globalização está se impondo como uma fábrica de perversidades. O desemprego crescente torna-se crônico. A pobreza aumenta e as classes médias perdem a qualidade de vida. O salário médio tende a baixar. A fome e o desabrigo se generalizam em todos os continentes”, relata o especialista que tece diversas críticas a este movimento.

Alter-globalização

Em meio aos pontos negativos sobre a globalização, surge um movimento que caminha do lado oposto a este fenômeno chamado de alter-globalização. Segundo João Luís, trata-se de uma alternativa à globalização, tornando-a mais humanizada e colaborativa. Ainda para o professor, seria uma forma de tentar evitar o esgotamento, tanto de matéria-prima como também de mão de obra, levando em consideração que as pessoas não vão suportar as péssimas condições de trabalho por muito tempo.

 

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.