João Goulart adotou uma política econômica conservadora, por um lado, mas, por outro, sempre foi atento às reivindicações sociais, o que desagradava e desprestigiava claramente os interesses dos grandes proprietários, empresários e classes médias. No plano econômico, Jango procurou diminuir a participação de empresas estrangeiras em importantes setores, instituiu um limite para a remessa de lucros das empresas internacionais e seguiu as orientações do FMI.
João Goulart defendia a realização de uma série de reformas que poderiam promover a distribuição de renda – as Reformas de Base. Estas medidas incluíam as reformas agrária, tributária, administrativa, bancária e educacional.
Em um grande comício realizado em março de 1964, na Central do Brasil (Rio de Janeiro), o presidente anunciou que daria início às reformas. Este evento foi mais um motivo para a oposição acusá-lo de comunista e, a partir daí, houve uma mobilização social anti Jango.
Alguns dias depois do grande comício, ocorreu a “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, com a classe média dando apoio aos militares.
No dia 31 de março de 1964, os militares tomaram o poder, com o apoio dos Estados Unidos. Jango se refugiou no Rio Grande do Sul e, de lá, foi para o exílio no Uruguai e na Argentina, onde faleceu aos 57 anos.