O objetivo de uma greve é sempre conquistar uma melhoria para o setor. Por exemplo, quando os caminhoneiros fazem uma greve, eles buscam a redução do preço dos combustíveis, em especial, o diesel. Já os professores, pedem por melhores salários, redução de jornada, plano de cargos e carreiras entre outras pautas.
Os servidores públicos podem ter por objetivo melhores condições de trabalho, assim como os policiais, bancários, petroleiros etc.
A palavra greve tem uma origem, no mínimo, curiosa. A primeira origem vem da palavra gravo, do celta, e greve, do francês. Ambos significam pedrisco, cascalho, areia e até praia de areia. Mas o que isso tem a ver com a paralisação dos trabalhadores? Você entenderá em seguida.
Em Paris, havia uma praça às margens do Rio Sena que chamava-se Place de Grève. O local recebeu esse nome pois antes da construção do espaço, existia ali uma praia arenosa.
E era justamente nesse local no século 19, que os trabalhadores das indústrias francesas se reuniam depois do experiente para conversar. Ali era o encontro dos operários que não estavam satisfeitos com as condições de trabalho e se juntavam a outros para criticarem a realidade que viviam.
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Uma vez ou outra quando eles faltavam ao expediente dizia-se entre os corredores que eles estavam em grève. Dessa forma, aos poucos, a palavra foi virando sinônimo de quem não ia trabalhar. Não custou muito para as expressões “faire greve” ou “fazer greve” começasse a fazer parte do vocabulário dos trabalhadores, sindicatos e empresas.
Antes da greve acontecer, há o que os especialistas chamam de estado de greve. Quando isso acontece é sinal de que ela está mandando uma mensagem para o governo ou para os seus superiores de que a qualquer momento uma greve pode ser deflagrada.
Por isso, se chama ‘estado’ de greve. É uma espécie de alerta, de aviso. Desta forma, as autoridades e as pessoas envolvidas com os serviços em questão já podem tomar consciência de que há um luta envolvendo a classe.
Apesar do termo genérico, há diferentes tipos de greve. Há aqueles que classificam até 12 tipos de greve. Conheça.
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A greve branca é o tipo de paralisação geral em que os empregados param de trabalhar, mas continuam no local de trabalho. Isso é comum em greves mais rápidas, de um dia de adesão, por exemplo. Também é chamada de braços cruzados.
Também chamada de operação tartaruga é quando os trabalhadores continuam realizando suas tarefas só que de maneira lenta. Normalmente, os operários reduzem o ritmo de trabalho, mas não param definitivamente.
Esse é mais um tipo de protesto do que de paralisação propriamente dita. Ela acontece quando o funcionário passa a trabalhar lentamente para que o serviço fique mais bem feito.
Como o próprio nome já diz, ela serve para alertar sobre uma possível paralisação futura. A greve de advertência dura somente algumas horas ou um expediente.
Esse tipo de greve ocorre quando uma parte dos trabalhadores ocupa um setor da empresa para impedir que outros funcionários, que não aderiram à greve, cumpram seu expediente. Geralmente, essa ação é considerada ilegal, uma vez que a adesão às paralisações precisa ser espontânea e não abusiva ou na base na pressão.
Quando eclode uma greve selvagem, os trabalhadores se rebelam sem a coordenação dos sindicatos. Eles tomam para si a iniciativa, sem a participação dos representantes de classe.
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Esse é um tipo de greve nada comum. É quando os trabalhadores decidem acelerar o ritmo de produção. Com isso, eles acabam prejudicando o estoque ou jogando muitos produtos no mercado e saturando-o.
Essa é uma forma coordenada de conduzir as paralisações. Ela acontece em diferentes dias para setor da mesma empresa.
A estratégia dessa greve é parar um setor essencial de um determinado setor. Com isso, eles conseguem paralisar também outros que dependem do primeiro para funcionar.
A greve política é proibida. É aquela cujas reivindicações divagam a respeito da política em si. O que é autorizado é a greve para fins trabalhistas. Jamais com finalidade política.
É aquela que concentra setores independentes, mas solidários uns com os outros e, às vezes, correlacionados em alguns aspectos.
Uma greve de caminhoneiros têm impacto gigantesco em um país como o Brasil, cuja logística é majoritariamente viária. Uma greve geral de caminhoneiros afeta praticamente todos os setores do país, pois são eles que transportam gasolina, gás de cozinha, alimentos e outros produtos de necessidades básicas.
Uma paralisação dos petroleiros tende a prejudicar principalmente os setores de captação de petróleo.
Quando os policiais param, a população entra em verdadeiro apuros. O serviço essencial de proteção à população muitas vezes é considerado ilegal. Contudo, os pleitos dos policiais é sempre por melhores condições de trabalho e salário, já que a profissão deles é bem arriscada.
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Os docentes são profissionais extremamente importantes para a sociedade. Porém, infelizmente, seus salários são baixos se comparados à sua relevância. Por isso, eles costumam paralisar as atividades vez ou outra.
No Brasil, a greve dos bancários é praticamente anual. Entre as pautas da categoria, estão os reajustes salariais e planos de cargos e carreiras.
Os Correios é um órgão público. Seus servidores costumam entrar em greve para pedir melhores salários e condições de trabalho mais justas.
Outros servidores públicos também podem parar suas atividades. Embora, frequentemente, seja proibido interromper os serviços básicos à população.
A greve geral é uma ferramenta muito útil nas sociedades democráticas. Foi por meio delas que grandes mudanças ocorreram no setor trabalhista: redução de jornadas e melhores condições de trabalho. Tudo isso só aconteceu por conta da coragem de reivindicar dos trabalhadores.
Por isso, é fundamental respeitar o direito de greve e saber que todos os setores podem ser beneficiados pelos pleitos. Porém, é fundamental manter alguns serviços básicos para não prejudicar a segurança e saúde de toda a população.