Mais de 400 mil mortes e cinco milhões de refugiados é o saldo da guerra civil da Síria, que acontece há seis anos. O conflito envolve diversas correntes internas e já recebeu a intervenção de diversos outros países. Entenda o que é, como começou e quais as consequências dessa violência desmedida.
De acordo com a Agência Brasil EBC, tudo teve início em 2010, quando alguns países do Oriente Médio e da África promoveram o que ficou conhecido como ‘Primavera Árabe’.
Na prática, os moradores se levantaram contra os abusos dos regimes ditatoriais presentes em países como Tunísia, Egito, Líbia, Iêmen, Jordânia, Bahrein, Angola e Síria.
A Primavera Árabe resultou na queda de alguns ditadores como no Egito e na Tunísia. Entretanto em lugares, como a Síria e Iêmen, resultaram no início de guerras civis.
A Primavera Árabe resultou em guerras civis na Síria e Iêmen (Foto: depositphotos)
Repressão síria à Primavera Árabe
O ditador sírio Bashar al-Assad reprimiu fortemente os protestos da Primavera Árabe e isso acabou fortalecendo a oposição, principalmente os grupos mais radicais. Esses últimos acusavam o governo de não defender os interesses do Islã.
Um deles era o Estado Islâmico, que continuou os ataques mesmo após passar o furor da Primavera Árabe no restante das nações. As investidas dos rebeldes tiveram sucesso e eles acabaram por conquistar diversos territórios sírios, inclusive a capital Damasco e cidades como Aleppo, Khanaser e Palmira.
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Formação de facções
O resultado dessas tomadas foram muitas mortes de civis e o embate das forças do governo contra os radicais, que também se dividiram ao longo da guerra formando diversas facções. Hoje, além de lutarem contra o presidente Bashar al-Assad, esses radicais também brigam entre si.
Para poder continuar a enfrentar o ditador sírio durante tantos anos, os grupos radicais, como o Estado Islâmico, contam com o financiamento da Arábia Saudita e do Qatar, que possuem interesse na queda do regime oficial. O território sírio é cobiçado por conta do seu acesso ao Mar Mediterrâneo, uma importante rota do petróleo.
Envolvimento de outros países na Guerra Síria
Outros países também se envolveram no conflito sírio. A Rússia apoia o presidente Bashar al-Assad. Já o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que também parecia simpatizar com o ditador, mudou de postura logo após um ataque com armas químicas matar 82 pessoas, sendo 27 crianças inocentes, em abril de 2017.
Com isso, as forças armadas americanas decidiram intervir não só contra os grupos terroristas que já assombram muitas nações ocidentais, como também enviar misseis contra uma base militar do governo de Bashar al-Assad.
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O futuro do conflito é incerto, principalmente depois dos últimos acontecimentos. Entretanto, o restante do mundo segue chocado com os estragos da guerra civil na Síria e as organizações humanitárias pedem o fim do conflito imediatamente.
