Guerra de Yom Kippur (1973)

Quando a Guerra de Seis dias, que aconteceu com os países do Oriente Médio, chegou ao fim, o governo de Israel teve uma nova preocupação pela frente: Proteger as terras que haviam conquistado durante o conflito, e principalmente, manter o controle conquistado sob o canal de Suez.  Para manter esse controle eles construíram a Linha Bar-Lev, que era uma linha de fortificações ligadas por estradas. Porém, enquanto Israel se sentia vitorioso pelas conquistas da guerra, as nações árabes, que haviam sido derrotadas nesse conflito, possuíam um sentimento de inferioridade e desrespeito, e assim começaram a organizar uma resposta contra o governo israelense. O presidente Nasser, do Egito, havia acabado de falecer, no ano de 1970, e coube a seu sucessor Anuar Sadat, conhecido por exercer uma política mais pragmática, tentar recuperar aqueles territórios perdidos na guerra anteriormente.

Guerra de Yom Kippur (1973)

Foto que mostra tanques israelenses e soldados feridos durante a Guerra de Yom Kippur. | Foto: Reprodução

O Dia do Perdão – Yom Kippur

O Yom Kippur é um grande feriado judaico que também é conhecido como “dia do perdão”. No dia 6 de outubro de 1973 a maioria da população estava cuidando dos preparativos da festividade, e por uma infeliz coincidência, ou por uma elaborada estratégia, o Egito e a Síria iniciaram um ataque militar surpresa, atingindo os postos israelenses responsáveis por proteger a região de Suez. Foram centenas de granadas lançadas sobre os postos em questão de minutos. Um dia que deveria ser de comemoração viera a se tornar de guerra, o “dia do perdão” de Israel se tornou o “dia da vingança” para os árabes.

Os Árabes iniciaram a guerra com uma grande vantagem, afinal, haviam pegado os israelenses de forma inesperada. Utilizando de potentes mangueiras e pontes de assalto, eles conseguiram atravessar o Canal de Suez de maneira mais fácil, o que permitiu a invasão do canal com um número insignificante de baixas entre seus oficiais. Simultaneamente com essa ofensiva, os sírios se organizavam para invadir o território judeu por meio das Colinas de Golã, eles queriam atacar de todas as formas, por todos os lados, de maneira rápida para que o adversário não tivesse tempo de ter uma reação.

Os árabes são derrotados novamente nesta guerra

Demonstrando ser superior do ponto de vista de guerrilha, Israel tomou rapidamente uma atitude contra as ações dos países em questão e abafou os dois lados da invasão orquestrada pelos sírios e egípcios. Mesmo pego de surpresa, e estando sozinho contra os dois países, isso não foi suficiente para que Israel saísse derrotada, e a ofensiva fez com que outra vez os árabes saíssem derrotados de mais uma guerra. Com esse acontecimento, a Guerra do Yom Kippur serviu apenas para aumentar ainda mais o ódio existente entre os países árabes e o povo judaico no Oriente Médio.

Entre as consequências causadas pela guerra está a deflagração da Crise do Petróleo, que se instalou logo depois que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo, OPEP, se recusou a vender petróleo para qualquer país que apoiasse o governo israelense. Enquanto eles achavam que isso levaria os países a se tornaram dependentes deles, seguindo seus desejos, submissos, isso contribuiu para que essas novas nações buscassem por novas fontes de energia, para que a dependência do petróleo fosse reduzida.