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Guerra dos Mascates – Causas e data desta história

A Guerra dos Mascates ocorreu na então Capitania de Pernambuco entre os anos de 1710 a 1711 e é considerada pela historiografia como um movimento nativista na História do Brasil.

Causas da guerra

Até o século XVII, Olinda era a cidade mais importante de Pernambuco, onde residiam vários senhores de engenhos, que achavam que seu dinheiro era tanto que nunca acabaria. Entretanto, isso veio a acontecer, principalmente por conta de uma batalha pelos preços do açúcar na Europa. Foi aí que esses senhores de engenho recorreram aos comerciantes do Recife, um mero povoado, pedindo-lhes dinheiro emprestado.

Guerra dos Mascates - Causas e data desta história

Uma das causas desta revolta foi a crise açucareira, que afetou bastante os produtores de Olinda. | Imagem: Reprodução

Com o tempo, alguns conflitos e ódio entre Recife e Olinda começaram a surgir. Como sabia de sua importância, Recife solicitou ao Rei de Portugal que o povoado fosse elevado à vila. No início da separação das duas cidades, Olinda começou uma revolta que teve como chefe Bernardo Vieira de Melo, um proprietário de engenho.

O começo da Guerra dos Mascates

No ano de 1709, após receber a Carta Régia que elevava o povoado do Recife à uma vila, os comerciantes daquele local fizeram a inauguração da Câmara Municipal e do Pelourinho, deixando Recife oficialmente independente de Olinda.

Olinda se revoltou com a decisão e começou a invadir o Recife. Demoliram o Pelourinho e soltaram os presos, com o objetivo principal de atacar o governador Sebastião de Castro Caldas Barbosa, que fugiu para a Bahia pensando em sua segurança e deixou o governo nas mãos do bispo Manuel Álvares da Costa.

Foi aí que em 1711, os mascates contra-atacaram invadindo Olinda, destruindo e incendiando engenhos e vilas da região. A guerra só teve uma pausa quando a Coroa Portuguesa decretou em 1711 que um novo governante fosse nomeado, com o intuito de por um basta naquele conflito.

Consequências

Felix José de Mendonça foi o escolhido para esse cargo e imediatamente apoiou os mascates portugueses e ordenou que todos os latifundiários de Olinda que estavam envolvidos com o conflito fossem presos. Além disso, como uma forma de evitar novas guerras no futuro, ele decretou que a administração fosse transferida semestralmente para cada uma das duas cidades em questão. Dessa forma, nenhuma das duas poderia alegar que a outra estava sendo favorecida por Félix José.