Idade Contemporânea

Guerra dos Seis Dias – Resumo sobre suas causas

A Guerra dos seis dias foi um conflito relâmpago que aconteceu entre Israel e os países árabes Egito, Jordânia e Síria, que contavam com o apoio do Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão.

Após o término da guerra pelo controle do Canal de Suez, um clima de tensão ficou no ar, deixando claro que qualquer detalhe mal interpretado ou simplesmente, feito com má vontade, poderia levar as causas de uma nova guerra, e foi o que aconteceu.

Guerra dos seis dias

Foto: Reprodução

Israel e Egito haviam feito um acordo de que os israelenses retirariam suas tropas desde que o egípcios parassem de dar apoio as ações de guerrilha naquela região. Porém, neste acordo, apenas Israel cumpriu sua parte, pois o Egito continuou ajudando as facções de guerrilha que insistiam em atacar o povo hebreu. Para completar, o Egito ainda bloqueou o Golfo de Aqaba, uma rota de suma importância para a navegação de Israel, e este ato foi considerado como uma enorme agressão ao governo de Israel.

Os fatos anteriores ao conflito

No dia 7 de abril de 1967 Israel dava o primeiro passo que iria desencadear a guerra dos seis dias. Foram lançados ataques contra as bases e as posições da artilharia árabe nas Colinas de Golã. Os israelenses conseguiram abater seis aviões Ming, com o uso de seus caças Mirage, que voaram baixo sobre a capital da Síria, Damasco.

A partir de então, o presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, decidiu fazer um bloqueio para se prevenir de um provável ataque de Israel, decisões essas que provocariam uma guerra fechada. Em maio de 1967 Nasser enviou tropas para o Deserto de Sinai e pediu que os militares da ONU partissem, ele também ordenou um bloqueio no Golfo de Aqaba, já feito anteriormente.

Israel, vendo toda essa movimentação, resolveu se mobilizar. Enquanto isso, Síria, Egito e Jordânia declaravam estado de emergência, e no dia 22 de maio Nasser ordenou o fechamento do Estreito de Tiran aos barcos de Israel, tornando a cidade portuária de Eilat completamente isolada. Nos 3 dias seguintes houve uma movimentação do exército Egípcio, que se dirigiu para as fronteiras com Israel.

Período da Guerra dos Seis Dias

No dia 5 de junho teve início a ofensiva que duraria seis dias. Israel iniciou com um ataque preventivo, que não visava a intenção de matar nenhum inimigo, apenas de destruir a capacidade aérea dos países árabes. Em praticamente três horas cerca de 319 aviões do Egito estavam destruídos, a maioria deles nem havia decolado ainda, enquanto isso os israelenses perderam apenas 19 aviões.

Obtendo essa vantagem numérica, no que dizia respeito ao arsenal, as tropas israelenses conseguiram ocupar a Faixa de Gaza por terra, e ainda chegar ao Sinai. De maneira incrível, as tropas de Israel conseguiram romper as defesas árabes tanto pelo norte quanto pelo sul, e ainda cessaram o esforço militar que mantinha unido os palestinos e os egípcios, na Faixa de Gaza.

No segundo dia, as tropas jordanianas iniciaram um bombardeio as cidades de Israel, principalmente Jerusalém, como reação, os hebreus tomaram posições próximas a Belém e ao sul de Ramallah, além de decidirem bombardear Amman e Mafraq.

Com o controle no céu, em apenas 24 horas Israel já havia tomado posse de grande parte das cidades dos jordanos.

No dia 7 de junho, o terceiro da guerra, Israel já havia conseguido anexar toda a Jerusalém e a Cisjordânia, reunificando a cidade.

Agindo sob pressão americana, a ONU decidiu iniciar um processo de negociação, apelando para que os países árabes envolvidos repensassem a guerra em questão. Haviam ocorrido muitas perdas, e ainda existia o risco de outros países mulçumanos entrarem no conflito, que poderia se tornar incontrolável e catastrófico. Essa intervenção conseguiu um cessar fogo entre a Jordânia e Israel, que entrou em vigar no mesmo dia.

Já era óbvio que a guerra deveria durar apenas poucos dias, pois a ONU já havia feito seu apelo e agora quem quisesse sair vitorioso deveria correr contra o tempo para conseguir os domínios dos territórios tão desejados.

A guerra se estendeu até o dia 10 de junho, com Israel controlando toda a península do Sinai, Cisjordânia, que incluía toda a cidade de Jerusalém, a Faixa de Gaza, e as Colinas de Golã, na Síria. Isso significava que agora Israel possuía um território quatro vezes maior que o seu, com um total de 1,5 milhões de pessoas.

Consequências