Hedonismo

Do grego, edonê que significa prazer, o hedonismo é uma corrente filosófica que defende que o prazer é o caminho certo para atingir a felicidade. Com representantes como Aristipo de Cirene e Epicuro, a escola tem como base duas concepções de prazer. Uma, o tem como critério para as ações humanas, e a outra o considera um valor supremo único para a vida.

Hedonismo

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Correntes filosóficas

Hedonismo Cirenaico

Aristipo de Cirene, filósofo contemporâneo de Sócrates, é considerado o pai do hedonismo. Ele determinou que havia uma distinção entre os dois estados da alma humana, dizendo haver o movimento suave da alma, que seria o prazer, e o movimento áspero, que seria a dor. Para ele, independente da forma e da origem, o prazer sempre teria como objetivo a diminuição da dor, e também entende o prazer do corpo como o sentido da vida.

Hedonismo Epicurista

Em seguida, no entanto, Epicuro de Samos alterou a sua teoria afirmando que o prazer não era exatamente a busca da satisfação física, mas pela libertação de todo e qualquer sofrimento, dor e agitação. Para ele, é preciso alcançar o equilíbrio e a serenidade, além de abandonar a busca por prazeres corporais e bens materiais, estes passageiros. As duas visões são diferenciadas pela avaliação moral do prazer. Enquanto Aristipo de Cirene afirmava que o prazer era um bem que poderia ser usado intensamente, Epicuro afirmava que era necessária a moderação desse prazer para, enfim, alcançar a verdadeira felicidade.

Hedonismo na idade moderna

Com o filósofo iluminista Julien Offray de La Mettrie, e seu discípulo Donatien Alphonse Fraçois de Sade, o hedonismo sofreu uma atualização e radicalização, sendo transformado em um amoralismo, sendo que o ideal passou de serenidade para frieza diante das outras pessoas. Henry Sidgwick, autor filosófico, retomou as teses hedonistas e distinguiu duas correntes: o hedonismo psicológico, que é a pressuposição antropológica de que o aumento do prazer é buscado pelo ser humano, e que sempre há a busca pela minimização do sofrimento, sendo então o prazer a motivação das ações humanas; e o hedonismo ético que, em contrapartida, é uma teoria de que as pessoas devem ver os bens materiais como os mais importantes em sua vida, trazendo prazer. Nesse último, diferencia-se o egoísmo hedonista, que busca o próprio bem somente, e o universalista, também conhecido como utilitarismo, que busca o bem de todos.

Atualmente, as teses hedonistas têm como defensores alguns filósofos, como Michel Onfray, da França.