Os hibridismos são as palavras existentes no nosso vocabulário, que foram formadas através da junção de radicais pertencentes a línguas diferentes.
Para muitos gramáticos, principalmente os tradicionais, o hibridismo é condenável, talvez pela não uniformidade da origem dos elementos que formam a palavra (já que os compostos são, em sua grande maioria, originários do grego e do latim). No entanto, mesmo originando-se de línguas diferentes e estrangeiras, os falantes do Português já consideram os elementos aportuguesados, devido à grande frequência com que essas palavras são utilizadas, tendo se incorporado ao nosso léxico.
Confira a seguir alguns exemplos de casos de hibridismo na Língua Portuguesa:
Alcoômetro – Álcool (árabe) + metro (grego)
Autoclave – Auto (grego) + clave (latim)
Burocracia – Buro (francês) + cracia (grego)
Endovenoso – Endo (grego) + venoso (latim)
Hiperacidez – Hiper (grego) + acidez (português)
Monocultura – Mono (grego) + Cultura (latim)
Psicomotor – Psico (grego) + motor (latim)
Romanista – Romano (latim) + -ista (grego)
Sociologia – Socio (latim) + -logia (grego)
Zincografia – Zinco (alemão) + grafia (grego)
Outros casos notáveis são os seguintes:
Astronauta (estrela + navegante)
Automóvel (por si mesmo + móvel)
Monóculo (um + olho)
Televisão (longe + visão)
Altímetro (alto + medida)
Decímetro (dez + medida)
Árabe e grego
Alcaloide (soda + forma)